Mais de 300 mil civis estão sem assistência básica no estado de Unité, no Norte do Sudão do Sul, disse hoje (11) a Organização das Nações Unidas (ONU), ao anunciar a sua retirada da zona devido aos combates em curso.

“As hostilidades no estado de Unité obrigaram todas as organizações não governamentais e as agências das Nações Unidas a retirarem o seu pessoal” da região, indicou o responsável da ONU para o Sudão do Sul, Toby Lanzer, no comunicado.

“Em consequência, mais de 300 mil civis que têm necessidade de ajuda,  principalmente de alimentos e serviços médicos, encontram-se sem assistência básica,” adiantou o responsável da ONU.

As forças governamentais estão conduzindo uma ofensiva a partir da capital regional, Bentiu, em direção ao sul, onde se encontram os bastiões da oposição, zona dos principais campos petrolíferos.

Na sexta-feira (8), as Nações Unidas informaram que cerca de 100 mil pessoas fugiram da região de Leer, devido aos combates na primeira semana de maio.

A organização dos Médicos Sem Fronteiras anunciou no sábado (9) a retirada da região de Leer, devido a um “ataque iminente” das forças governamentais sul-sudanesas.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha alertou para o perigo dos combates entre as forças leais ao presidente Salva Kiir e do líder rebelde Riek Machar, originário de Leer para a população.

As lutas no Norte do estado de Unité estão entre as mais violentas desde o início do conflito em dezembro de 2013, que já causou dezenas de milhares de mortos e 2 milhões de deslocados, segundo a ONU.