O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, declarou hoje (11) que a ofensiva armada contra os militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) vai prosseguir “até não restar qualquer terrorista”.
“Continuaremos o nosso combate até que as armas sejam depostas […] e que não reste qualquer terrorista no interior das nossas fronteiras”, disse o presidente turco em um discurso transmitido pela televisão, acrescentando que a campanha aérea contra o PKK, que se prolonga há mais de duas semanas, já provocou “sérias perdas” a este grupo.
O chefe de Estado turco e antigo primeiro-ministro disse ainda que foram conduzidas “operações eficazes” contra o Estado Islâmico. “Não distinguimos organizações terroristas. Qualquer que seja o seu objetivo, uma organização terrorista é para nós uma organização terrorista”, insistiu.
Erdogan declarou ainda que está suspenso o processo de paz iniciado no final de 2012 com o PKK. “Infelizmente, não compreenderam o que foi feito por eles e o processo de resolução está, desta forma e neste momento, suspenso”, afirmou.
Ancara desencadeou em 24 de julho uma guerra contra o terrorismo visando ao mesmo tempo o PKK e os combatentes do Estado Islâmico, na Síria. Mas as dezenas de ataques aéreos que se seguiram concentraram-se na guerrilha curda. Apenas três foram contra posições do Estado Islâmico.
No fim de semana, a agência de notícias governamental turca Anatolia informou sobre 390 rebeldes do PKK mortos durante os ataques aéreos da aviação turca contra bases recuadas da guerrilha no Norte do Iraque, além de 30 membros das forças de segurança turca também mortos no mesmo período.
A situação na região permanece tensa, com constantes ataques da guerrilha curda e represálias das forças de Ancara, que puseram fim a uma trégua de cerca de três anos entre as duas partes, no processo de paz.