Pelo menos quatro pessoas morreram hoje (1º) em dois ataques contra um campo da missão das Nações Unidas no Mali (Minusma) e uma empresa prestadora de serviços a esta força de paz. Os ataques foram no Norte do país, na cidade de Gao, informou a ONU.
Os ataques já foram reivindicados pela Al-Qaeda do Magrebe Islâmico (AQMI).
Em comunicado, a missão da ONU informa que o primeiro ataque ocorreu ontem (31) à noite, quando foram lançados morteiros contra um campo da missão, matando um capacete azul – como são conhecidos os soldados em missão da ONU –, ferindo outros três gravemente e deixando dezenas de outras pessoas, a maioria civis, feridas.
Na sequência, a sede de uma empresa associada ao Serviço de Luta Anti-minas das Nações Unidas foi alvejada por tiros, que mataram dois seguranças particulares e um especialista internacional da empresa.
Os autores do ataque não foram identificados e a missão da ONU no Mali designou patrulhas terrestres e um helicóptero para buscar os autores.
O representante especial do secretário-geral da ONU e chefe da missão, Mahamat Saleh Annadif, declarou-se “consternado” com o que classificou como “ataques covardes”.
Segundo a organização norte-americana que monitora sites islamitas, a Al-Qaeda do Magrebe Islâmico reivindicou os ataques, adiantando que os autores eram membros da Al-Murabitun, grupo de liderado pelo jihadista argelino Mokhtar Belmokhtar.