Um refugiado de origem síria se matou ao explodir uma bomba onem (24) à noite, durante um festival de música na cidade de Ansbach, nas proximidades de Nuremberg, na Alemanha. Ao menos 12 pessoas ficaram feridas, sendo que três estão em estado grave,

O homem, identificado como um imigrante sírio de 27 anos que pedia asilo no país, explodiu uma bomba que estava em sua mochila quando tentava entrar em um festival onde estavam cerca de 2,5 mil pessoas.

O criminoso havia tentado se matar duas vezes em situações anteriores e esperava ser extraditado. Ele tinha passagem pela polícia alemã por crimes relacionados ao uso e venda de drogas.

Ainda que o atentado não tenha sido reivindicado por nenhum grupo, autoridades acreditam que a ação tenha sido inspirada nos recentes ataques dos militantes jihadistas do Estado Islâmico.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, está acompanhando a situação e lamentou os episódios de violência.

Ataques

Esse é mais um de uma série de ataques do tipo em um intervalo de poucos dias no país. Ainda na noite de ontem, um refugiado sírio de 21 anos matou uma mulher com um facão em Reutlingen e deixou outras duas pessoas feridas durante um ataque em um restaurante que, segundo as autoridades locais, não tinha ligações com terrorismo.

Na última sexta-feira (22), um homem abriu fogo em um centro comercial em Munique, deixando nove mortos e mais de 30 feridos. O atirador, identificado como Ali Sonboly, um jovem de 18 anos de origem iraniana, era obcecado por armamentos e sofria bullying na escola.

Na última segunda-feira, dia 18, um jovem afegão de 17 anos invadiu um trem com destino a Wurzburg, no centro-sul da Alemanha, com um machado e feriu quatro pessoas, sendo três gravemente.

Refugiados

Os episódios podem reacender o debate sobre as políticas de acolhimento adotadas pelo governo de Angela Merkel. No início do ano, a decisão de receber milhares de refugiados foi bastante criticada, após uma onda de abusos sexuais registrada em Colônia na noite de Ano Novo.

A Chancelaria alemã pediu à população local que não generalizasse os fatos e não culpasse todos os refugiados pelo ocorrido. O governo de Berlim ainda destacou que a maior parte dos atentados terroristas registrados nos últimos meses não foram realizados por imigrantes.