A representante dos Estados Unidos junto à Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, disse hoje (7) em uma reunião emergencial do Conselho de Segurança que o país pode ir além do ataque realizado na noite de ontem (6) contra uma base aérea síria.

“Os Estados Unidos tomaram um passo muito calculado na noite de ontem. Nós estamos preparados para fazer mais, mas esperamos que não seja necessário”, disse ela. A declaração veio depois de um dia de repercussões em que a mídia e congressistas norte-americanos questionaram se o presidente Donald Trump já sabe qual será o próximo passo em relação ao governo de Bashar Al-Assad. E, ainda, se seu objetivo seria derrubar o presidente sírio ou apenas mostrar que os Estados Unidos não tolerariam um ataque químico.

Também durante a reunião do Conselho de Segurança, o representante da França, François Delattre, disse que o ataque norte-americano foi uma “resposta legítima ao ataque químico”.  O Reino Unido também demonstrou apoio. Segundo o embaixador Matthew Rycroft, “O Reino Unido apoia o ataque dos Estados Unidos na base aérea de Shayrat porque crimes de guerra têm consequência, e o maior criminoso de guerra de todos os tempos, Bashar al-Assad, agora foi avisado”. Rycroft afirmou que o ataque foi uma resposta proporcional aos atos ocorridos na última terça-feira.

Já o embaixador russo, Vladimir Safronkov, afirmou que o ataque foi uma violação do direito internacional e um ato de agressão. “Nós condenamos fortemente esta ação ilegítima dos Estados Unidos. As consequências desse ato, para a estabilidade regional e internacional, podem ser extremamente sérias”, avisou.