Para fazer um álbum que causasse um impacto tão forte quanto sua multiplatinada estreia em “Get rich or die trying”, de 2003, 50 Cent diz que teve de mergulhar nos problemas com os quais lidava antes de se tornar um dos maiores astros do hip hop. O rapper de 34 anos, então, escreveu sobre a vida antes de se tornar rico e famoso em seu quarto trabalho de estúdio, “Before I self destruct”, que chega às lojas neste mês.
“Não sei explicar por que, mas a dor, para mim, é mais grandiosa do que a felicidade. Posso te dizer com mais facilidade a última vez que sofri do que a última vez que sorri”, afirma o artista, cujo novo CD reúne participações de nomes como Eminem, Dr. Dre, R. Kelly, Polow Da Don eNe-Yo, que aparece no single “Baby by me”.
“Esse é um disco mais obscuro porque reflete minha experiência muito mais do que na minha estreia”, diz Curtis Jackson (seu nome de batismo). “O que tentei buscar foi o aspecto jovem das coisas, e há uma inocência aí. Uma parte da vida à qual uma criança não pode ter acesso. Escrevo da perspectiva de um adulto.”
50 Cent diz não prestar muita atenção à opinião pública. “Posso até levar em consideração, mas não respeito a opinião de qualquer um. Caso contrário, eu ficaria maluco. Eu seria uma dessas pessoas autodestrutivas. A Britney Spears é um bom exemplo. Fizeram da vida dela um grande show quando ela raspou a cabeça. Ela estava cuidando da própria vida e a cobertura jornalística transformou tudo em uma questão pública. Eu sei que eles querem que eu, que o resto de nós estejamos sob as mesmas circunstâncias.”
O rapper afirma que está “consciente do que acontece na internet”. “Quando está na frente do teclado, todo mundo tem uma opinião. Ninguém pode fazer nada contra essas pessoas.”
O CD vem com um filme batizado de mesmo nome. “Quando escrevo uma canção, tenho três minutos para atingir o ápice dentro de um clube – aí vem a próxima música. Em um filme, é possível contar uma história com mais profundidade. Com as músicas, você cria descrições e espera que as pessoas se identifiquem porque entendem de onde você veio ou têm um conceito de quem você é baseado na sua apresentação. O processo de contar uma história em filme permite que você crie uma causa e um efeito.”