Numa tarde de chuva e sol, que formaram um arco-íris diante do Píer Mauá, a grife carioca Alessa fez um desfile colorido, com inspiração nas guloseimas que todo mundo adora: brigadeiro, bala, bolo. O cardápio de doces originou estampas e as cores do inverno da marca – “pistache, chocolate, cereja, creme e caramelo”. Foi o primeiro desfile “maduro” do Fashion Rio, já que, na segunda-feira, a abertura havia sido com dez estilistas iniciantes.

Enquanto a Melk Z-Da buscou inspiração na lenda da Alamoa, a mulher que anda seminua por Fernando de Noronha em noites de lua cheia, a Patachou se inspirou nas mulheres misteriosas dos filmes de suspense para trazer uma coleção cheia de “mostra-esconde”. Muito preto, cinza e dourado, transparências e volumes, que revelam e escondem as formas femininas em um jogo misterioso.

Ontem, dentro da programação do Fashion Business, salão de negócios realizado paralelamente ao Fashion Rio, o estilista Alexandre Herchcovitch traçou um panorama sobre a formação na área de moda no Brasil. “70% dos alunos querem ser estilistas, e o mercado brasileiro não tem como absorver tantos profissionais.” Para ele, o que está em falta é o profissional completo, que saiba desenhar, costurar e fazer modelagens. O Fashion Business vai até amanhã. Já o Fashion Rio termina sábado.