Que Miguel Falabella, além de um grande ator, é também um excelente autor, todo mundo já sabe. Agora, querendo repetir o sucesso de “Sai de Baixo” e “Toma Lá Dá Cá”, estreia na noite da próxima quinta-feira, dia 24, a série “Pé na Cova”, que promete trazer muita diversão aos telespectadores e, de quebra, bons índices de audiência para a Rede Globo.
Além de escrever, Miguel Falabella também atuará em “Pé na Cova”. O lema de Ruço, seu personagem é “Meu negócio é a morte. A sua tristeza é a minha alegria”. Com seu jeito irreverente, Miguel explica sobre os personagens que criou para este novo trabalho: “É uma família fora dos padrões. Eles são os desvalidos vistos com humor. ‘Pé na Cova’ é todo do avesso, mas existe um afeto que costura tudo isso. Ele é reflexivo não só em relação à morte, mas em relação ao homem que, depois dos 50 anos, passa a ver a finitude em seus dias”, definiu.
A diretora-geral, Cininha de Paula, que já dividiu outros trabalhos com Miguel, está muito animada com o novo projeto: “É uma família apocalíptica a partir de uma visão absolutamente atual e muito divertida”. Cris D’Amato, sua companheira na direção do seriado reforçou o prazer em fazer parte da equipe e explicou que, apesar de ser uma família disfuncional, as pessoas podem se identificar com ela: “É o programa mais inusitado que já fiz, porque é muito verdadeiro e, ao mesmo tempo, exacerba as características das pessoas. O bacana dessa família é que ela não é necessariamente do Irajá, ela pode ser de qualquer canto do Rio, do Brasil”, esclareceu.
Ambientado em Irajá, bairro da zona norte do Rio de Janeiro, o seriado tem 14 personagens, repletos de imperfeições e que tentam sobreviver, ironicamente, através da morte, já que Ruço é o patriarca da família Pereira e dono da F.U.I – Funerária Unidos do Irajá, estabelecimento em torno do qual a vida dos parentes e da vizinhança transcorre. Moldados pelo humor satírico de Falabella, eles lidam com seus sonhos e frustrações, sempre de forma irreverente.
Morte. Uma certeza na vida de todos, mas extremamente misteriosa. Tão misteriosa que pode dar medo, mas não para aqueles que fazem dela o seu ganha-pão. Já imaginou ser maquiador de defuntos? E colocar a roupa no “presunto”? Tenta pensar como é dirigir todos os dias um carro com um caixão dentro – cheio, é claro! Agora imagina essas profissões executadas por pessoas completamente birutas e miseráveis, que não conseguem o tão desejado upgrade social. É assim que a “família Addams do Irajá”, como denomina Miguel Falabella, vive em “Pé na Cova”
Um grupo de pessoas excêntricas cujo negócio é a morte. São loucos, sim. Tão loucos que inventam coisas curiosas, nada convencionais, como velório drive thru e sanduíches temáticos em parceria com a carrocinha da esquina – morte-natural, caixão-quente e x-túmulo são alguns exemplos. Mas, apesar de tanta loucura, não deixam de experimentar as relações humanas de uma família comum. É na F.U.I. – Funerária Unidos do Irajá – que circula o núcleo principal do programa que tem a morte e a comédia como pontos centrais. Para que eles sejam felizes, alguém tem que estar infeliz!