Claro que quando Maurício Shogun e Dan Henderson subiram no octógono para a luta principal do UFC Natal, a primeira luta entre eles, dois anos e meio atrás, veio à mente. Fariam eles outra batalha épica de cinco rounds? O brasileiro aproveitaria seu melhor momento? Hendo conseguiria uma “Bomba H”?
Eles precisaram de pouco mais de 2 minutos de estudo no primeiro round para mostrar que cumpririam as expectativas. Shogun mostrou nos dois primeiros rounds que a época da desconfiança, dos altos e baixos, da falta de gás, do cansaço precoce ficou para trás.
Maurício achou o tempo e a distância para boxear, depois de testar os chutes baixos. Com isso, conseguiu dois knock-downs, um em cada round. O do segundo foi com um upper que apenas caras com queixo duro, como Dan, conseguiriam sobreviver. O árbitro Herb Dean por pouco não parou o combate.
Mas quando tudo encaminhava para uma vitória tranquila para o brasileiro, Henderson mostrou porque ficou famoso pela potência na mão direita. Era a “Bomba H” fazendo mais uma vítima. Muitos podem falar que foi um golpe de sorte – ainda mais se analisarmos que Shogun acertou 75 golpes contra 32 do americano – mas não consigo ver dessa maneira, pelo menos não completamente.
Todo mundo sabe da fama força da mão direita de Henderson, de como ele tem a capacidade de acabar com suas lutas com um único golpe. E foi isso que aconteceu. Se olharmos toda sua carreira, achamos um padrão. Ele se aproveitou de uma fração de segundo que teve para golpear o brasileiro, com um cruzado impressionante, que tirou seus pés do chão.
Mas apesar da derrota, do nocaute, e do nariz destruído, como pode ser visto na foto acima. Shogun não saiu completamente derrotado. Ele foi vítima de um rival muito técnico e experiente, mas teve uma grande apresentação. O curitibano já está pronto para voltar a enfrentar os grandes nomes da categoria, não precisa mais de um empurrãozinho do Ultimate para ter uma sequência de vitórias.