O sinal digital traz uma série de benefícios para os telespectadores. A qualidade da imagem e do som são os aspectos mais perceptíveis à população, pois o sinal digital não apresenta fantasmas, ruídos, chiados e interferências.
É importante lembrar que, com essa mudança do sinal analógico para o digital, a programação da TV aberta no Brasil seguirá padrões internacionais de transmissão, a exemplo do que já aconteceu em países como China, EUA e Reino Unido, permitindo aos telespectadores que desfrutem de seus programas favoritos com imagem e som semelhantes aos de cinema. Além disso, haverá a possibilidade de ampliação da oferta de conteúdo relacionado à grade de programação das emissoras de TV.
Saiba como vai funcionar
Após o desligamento do sinal analógico de TV, somente quem estiver apto a receber o sinal digital continuará assistindo à televisão e, por esse motivo, é fundamental que as pessoas estejam preparadas para recebê-lo.
Para aqueles que não desejarem aposentar a “velha amiga”, como a TV de tubo, é necessário adquirir um conversor. O equipamento, quando conectado à TV, possibilita que o aparelho continue funcionando. Televisores de tela plana, fabricados até 2010, também não são compatíveis com a nova tecnologia e, por isso, também precisam de um conversor. Já os televisores de tela plana fabricados depois de 2010 já possuem o conversor interno e estão aptos ao sinal digital. Em ambos os casos, é necessário que a antena também seja compatível.
Em 1950, aconteceu a primeira transmissão televisiva no Brasil. De lá pra cá, muita coisa mudou: a TV ganhou cor, tornou-se mais acessível, mais fina, mais moderna. E vai ficar ainda melhor após a digitalização dos canais abertos, processo que teve início em 2015 e vai passar por mais de 1300 municípios até o fim deste ano. A mudança começou em Rio Verde (GO) e região do Distrito Federal em março e novembro de 2016, seguiu pela Grande São Paulo, Goiânia, Recife, Fortaleza, Salvador, Vitória, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e, recentemente, pelas regiões do interior de São Paulo (Santos, Campinas e Vale do Paraíba) e Curitiba. A Seja Digital, entidade não governamental e sem fins lucrativos, responsável por operacionalizar a migração do sinal analógico para o sinal digital no Brasil, informa a população sobre os benefícios da mudança e o que deve ser feito para ter acesso à nova tecnologia.
Distribuição de kits gratuitos
A Seja Digital também é responsável pela distribuição de kits gratuitos às famílias de baixa renda atendidas pelo Governo Federal. Na região de Presidente Prudente, estão disponíveis mais de 60 mil kits gratuitos, que contêm antena digital e conversor com controle remoto. Com esses equipamentos, televisores antigos podem transmitir o sinal digital e, assim, continuar funcionando após o desligamento do sinal analógico. Para saber se tem direito ao kit e agendar a retirada, a população deve ligar gratuitamente para 147 ou acessar o portal sejadigital.com.br/kit, com o NIS (Número de Identificação Social) em mãos.
Sobre a Seja Digital
A Seja Digital (EAD – Entidade Administradora da Digitalização de Canais TV e RTV) é uma instituição não governamental e sem fins lucrativos, responsável por operacionalizar a migração do sinal analógico para o sinal digital da televisão no Brasil. Criada por determinação da Anatel, tem como missão garantir que a população tenha acesso à TV Digital, oferecendo suporte didático, desenvolvendo campanhas de comunicação e mobilização social e distribuindo kits para TV digital para as famílias cadastradas em programas sociais do Governo Federal. Também tem como objetivos aferir a adoção do sinal de TV digital, remanejar os canais nas frequências e garantir a convivência sem interferência dos sinais da TV e 4G após o desligamento do sinal analógico. Esse processo teve início em abril de 2015 e, de acordo com cronograma definido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, mais de 1300 municípios terão o sinal analógico desligado até 2018.