Os testes com hackers realizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com as urnas eletrônicas que serão usadas nas Eleições 2010 terminaram sem que o sistema que contabiliza os votos fosse comprometido.
Segundo comunicado no site do TSE, os 38 especialistas convocados pelo órgão para testar a segurança do sistema não conseguiram comprometê-lo durante os testes, que aconteceram entre os dias 10 e 13 de novembro.
No último dia de testes, o TSE afirma que especialistas da Procuradoria Geral da República (PGR), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e da Polícia Federal (PF) tentaram invadir a urna eletrônica para alterar contagem de votos e fraudar eleições por diferentes métodos, mas não tiveram sucesso.
O representante da Polícia Federal tentou, sem sucesso, alterar as informações em cartões de memória que alimentam a urna eletrônica, mudando os votos antes mesmo do eleitor se apresentar à sua seção eleitoral.
Os especialistas do TST tiveram como estratégia alterar o boletim da urna, que imprime a comprovação do voto.
O plano teve relativo sucesso, mas a impressão fraudulenta não saia do mesmo tamanho da impressão original, o que comprometeria o sigilo da invasão.
Já os especialistas da PGR tentaram, também sem sucesso, substituir o sistema operacional original da urna eletrônica, baseado em Linux, para que pudessem controlar todos os processos do equipamento.
É a primeira vez que o TSE expõe o sistema de segurança da urna eletrônica à avaliação técnica antes da votação.
Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Giuseppe Janino, a falta de sucesso nos testes prova que eleitores não devem se preocupar com a segurança do sistema.
Como último passo do processo, o ministro do TSE, Ricardo Lewandowski, anunciará na próxima sexta-feira (20/11) os vencedores dos três prêmios em dinheiro para as melhores sugestões técnicas que sofistiquem a segurança da urna eletrônica.
Os prêmios serão de cinco mil reais, três mil reais e dois mil reais.