Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, em San Diego, indica que cada norte-americano consome, em média, 34 GB (gigabytes) de informação por dia quando está fora do trabalho. A título de comparação, o estudo afirma que uma hora de vídeo em alta definição, gravado em câmera digital em sua máxima definição, tem aproximadamente 7 GB. Já a Apple diz que 1 GB é suficiente para armazenar 250 músicas nos tocadores iPod.

A pesquisa referente ao ano de 2008 e divulgada nesta quarta-feira (9) inclui mais de 20 fontes diferentes de informação: do tradicional jornal a vídeos de internet, passando por livros, televisão, videogames, rádio via satélite, filmes exibidos no cinema e e-mail, entre outros.

Essa média de 34 GB ou 100,5 mil palavras por dia indica que, em um ano, os americanos consumiram informação por 1,3 trilhão de horas, ou 11,8 horas diárias. O consumo no ano totalizou 3,6 zettabytes (1 sextilhão de bytes) ou 10,845 trilhões de palavras, sem contar o ambiente de trabalho. “Definimos informação como o fluxo de dados entregues às pessoas, que medimos com bytes, palavras e horas de consumo de informação”, diz o estudo.

Os norte-americanos gastaram, em 2008, 41% do tempo de consumo de informação (fora do trabalho) assistindo à televisão, mas a TV responde por menos de 35% dos bytes de dados. Computadores e videogames somam 55% dos bytes, porque os consoles modernos e PC usam grande volume de dados para os gráficos serem processados.

“As horas de consumo de informação cresceram em média 2,6% ao ano de 1980 a 2008, graças a uma combinação do aumento da população e aumento de horas por pessoa, de 7,4 para 11,8”, diz o estudo realizado por Roger E. Bohn e James E.

“O mais surpreendentemente é o fato de os bytes consumidos terem crescido apenas 5,4% por ano, enquanto a capacidade de processar dados aumenta pelo menos 30% no mesmo período. Um dos motivos para o lento crescimento em bytes é o fato de a TV em cores ter mudado pouco nesse período”, continua a pesquisa. “A TV de alta definição está aumentando o número de bytes, mas lentamente.”