Histórias sobre os Correios se tornarem uma empresa de telefonia existem há pelo menos dois anos. De acordo com o presidente da estatal, Wagner Pinheiro, esta realidade está cada vez mais próxima. Ele planeja que a operadora dos Correios deve entrar em atividade até o fim deste ano.
A agência de notícias do governo federal informa que os Correios querem “ampliar o acesso a serviços para a população que tem mais dificuldade”. A operadora da empresa estatal seguiria os mesmos moldes de Operador Virtual de Telefonia Móvel (MVNO) determinado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Em vez de comprar radiofrequências e uma cara infraestrutura, os Correios vão utilizar os tubos das operadoras tradicionais para ofertar o serviço.
Itália e Portugal possuem serviços oficiais de correios com a diversidade de serviços que os Correios brasileiros decidiram correr atrás neste ano.
Noticiamos no ano passado que a seguradora Porto Seguro se lançou como primeira operadora virtual do país. Entretanto, a companhia utiliza a categoria de MVNO para habilitar equipamentos próprios que normalmente são ofertados junto com outros serviços de seguros.
As operadoras Claro, Oi, TIM e Vivo, entre outras, possuem redes de telefonia que se espalham pelo país. Os Correios e demais MVNOs podem comprar a ociosidade no varejo em um negócio do tipo B2B (Business to business). Dessa forma, como bem nota o Brasil Econômico em reportagem do ano passado, a estatal sairia das cartas diretamente para os celulares dos brasileiros. “Estamos agregando valor à marca e vamos contribuir para a inclusão digital”, disse um executivo ao jornal.
Os Correios são a maior empresa de logística da nação. Entregam 35 milhões de objetos diariamente, totalizando 9 bilhões por ano. O Sedex é um enorme sucesso e um dos motivos pelos quais lojas virtuais como Mercado Livre sobrevivem. Agora querem ir além ao ofertar acesso à informação por meio da telefonia.