Assombrado pela queda precoce na Copa Libertadores de 2011, o Corinthians fez uma estreia sofrida na atual edição do torneio continental, na noite desta quarta-feira. Jogando na Venezuela, o time do técnico Tite dominou boa parte do jogo, mas quase foi surpreendido pelo Deportivo Táchira. Após ser vazado no primeiro tempo, só buscou o empate aos 48 minutos do segundo tempo, com gol de Ralf.
O resultado apertado deixou o Cruz Azul, do México, na liderança isolada do Grupo 6. Corinthians e Táchira têm um ponto cada, enquanto o Nacional, do Paraguai, ocupa a lanterna, sem pontuar.
Depois da estreia irregular, o time brasileiro buscará sua primeira vitória na competição na próxima rodada, diante do Nacional, no Pacaembu, no dia 7 de março. O Táchira entrará em campo no dia 22 deste mês, diante do líder Cruz Azul.
O JOGO – A estreia do Corinthians na Libertadores começou morna. O time de Tite até dominava a posse de bola e chegou a esboçar uma pressão aos 10 minutos. Mas tinha dificuldade para penetrar na defesa venezuelana e ainda sofria com as rápidas investidas do Táchira pelas laterais.
Em uma delas, os donos da casa balançaram as redes. Após arremesso lateral, Chicão tentou afastar dentro da área, mas bateu contra o corpo de Herrera e viu a bola encobrir Júlio César e morrer dentro das redes, aos 21 minutos. Foi apenas o primeiro lance de perigo ofensivo da partida. Mas não demorou para desencadear outras boas jogadas.
Sem se assustar com o gol, o Corinthians partiu para o ataque. Aos 25, Danilo gerou a melhor da equipe na primeira etapa. Ele subiu mais que a zaga e, quase de costas, acertou a cabeça e carimbou o travessão.
Três minutos depois, Alessandro aproveitou vacilo da defesa, escapou pela direita e cruzou na área. Cara a cara com o goleiro, Emerson bateu firme no canto, mas parou na defesa de Rivas. Aos 40, foi a vez de Jorge Henrique levar perigo, em chute de fora da área, sem sucesso.
O intervalo não reduziu o ritmo do Corinthians. Na volta para o segundo tempo, o time brasileiro manteve o ímpeto no ataque. Logo aos 4, Alessandro cruzou da direita e Fábio Santos chegou batendo com perigo.
Tite, no entanto, seguia insatisfeito com a atuação da equipe. Aos 12, ele sacou Emerson e Liedson para as entradas de Alex e Elton, respectivamente. O Corinthians seguia com maior presença no ataque, mas sem conseguir criar alguma chance real de gol.
Cada vez mais nervoso em campo, por conta da investidas frustradas, o time brasileiro levou um susto aos 17. Chourio aproveitou passe de Herrera e finalizou para as redes. Com atraso, o árbitro assinalou o impedimento.
A resposta corintiana surgiu em lance protagonizado pelo zagueiro Leandro Castán. Aos 22, ele recebeu de Elton e bateu na marca do pênalti. O chute, porém, foi neutralizado pelo goleiro Rivas, em cima do lance.
Mais na base da pressão, do que na execução de lances elaborados, o Corinthians se concentrou no ataque nos minutos finais. No entanto, continuava a parar na sólida linha de defesa venezuelana.
Sem alternativas, restou as finalizações de longa distância, principalmente com Alex. Também sem sucesso. O empate, sofrido, só veio nos acréscimos. Aos 48 minutos, Alex cobrou falta na área e Ralf cabeceou para as redes, levantando a pequena torcida corintiana presente no Estádio Pueblo Nuevo, em San Cristóbal.
DEPORTIVO TÁCHIRA 1 X 1 CORINTHIANS
DEPORTIVO TÁCHIRA – Rivas; Chacón, Ángel, Rouga e Clavijo; Villafraz, Casanova, Guerrero, García (Martorell); Chourio (Zapata) e Herrera (Arocha). Técnico: Jaime de la Pava.
CORINTHIANS – Júlio César; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Jorge Henrique (Willian); Emerson (Alex) e Liedson (Elton). Técnico: Tite.
GOLS – Herrera, aos 21 minutos do primeiro tempo. Ralf, aos 48 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Clavijo, Villafraz, Alessandro, Casanova, Rivas, Chacón.
ÁRBITRO – Wilmar Roldán (COL).
LOCAL – Estádio Pueblo Nuevo, em San Cristóbal (Venezuela).