O radar móvel Dracena deve parar de funcionar a partir de amanhã (16). O contrato com a empresa responsável pelo aparelho venceu ontem, dia 15, e não será mais renovado pela Secretaria de Obras, Infraestrutura Urbana e Assuntos Viários.

Segundo o secretário da pasta, João da Silva, com o vencimento do contrato, seria necessário abrir nova licitação para contratar a empresa que opera o equipamento.

“Provavelmente, a partir de segunda-feira (amanhã), o radar não estará funcionando mais. O prefeito eleito (José Antonio Pedretti) declarou que não pretende renovar o contrato, se ele tivesse o interesse na continuidade, até faríamos a prorrogação do serviço, mas na nossa avaliação, se fizéssemos isso, não poderia ser bem visto pelo futuro prefeito”, informa o secretário.

O contrato com a empresa proprietária do radar tem validade de um ano. A empresa proprietária é da cidade de Cotia e apenas um aparelho estava em funcionamento desde março de 2010. “Entendemos que foi de grande valor, teve o objetivo educativo”, disse o secretário, referindo-se às críticas de ser utilizado como máquina de multas.

“A proposta era sim educativa, tanto que nos dois primeiros meses de funcionamento, quando houve uma incidência alta de infrações,  a maioria foi cancelada, as autuações médias, foram transformadas em advertências.

Silva afirmou que mesmo com uma lei aprovada neste ano, pela qual não há mais necessidade de divulgar o local onde o radar está operando, a Secretaria manteve a população informada onde estaria funcionando.

Silva explicou que a Secretaria tem a constatação, inclusive da Polícia Militar que nos locais onde o radar estava em operação, houve redução de acidentes 

“Foi perceptível, na rua Monte Castelo, por exemplo, havia pedidos de construir quatro lombadas, mas ao invés disso, foram  instalados dois pontos de fiscalização pelo radar e os acidentes diminuíram” , informa Silva.

A velocidade máxima no perímetro urbano é de 40 km/h. As autuações nos casos de irregularidades são divididas em médias, graves e gravíssimas.

De acordo com o secretário, por questões de calibragem do aparelho, o radar apontava a infração, a partir dos 48 km/h (20% acima do limite).

As multas acima dessa velocidade são de R$ 87 (infração média); acima de 55 km/h, R$ 121 (infração grave) e acima de 62 km/h, R$ 190, mas por se tratar de infração gravíssima sobe para mais de R$ 500.

PRÓXIMA ADMINISTRAÇÃO – Segundo Ricardo Silva, próximo secretário de Administração, a posição de Pedretti é que a questão do radar será definida pelo Conselho Municipal de Trânsito (Comutra), órgão já criado, mas ainda não implantado no município.

“O Comutra será formado por técnicos da área do trânsito e membros da sociedade civil, que irão realizar um estudo detalhado, baseado em critérios técnicos e bem avaliados, com a participação da Polícia Militar para analisar a viabilidade de manter ou não o radar”,  informa Silva.

“É um estudo que envolve outros itens, além da velocidade, como o fluxo de veículos e sinalização de trânsito que o Comutra terá como atuar, Pedretti pretende convidar representantes do Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo (CREA) para auxiliar em eventuais mudanças”, esclarece.

Ainda de acordo com o próximo secretário,  com o Comutra será possível desenvolver mais campanhas educativas, voltadas para a prevenção contra acidentes de trânsito, em parcerias como da área da Educação, entre outras.

Silva também explica que o custo operacional  do radar, cerca de R$ 8 mil por mês  também é um  ponto a ser levado em conta.