A Volkswagen revelou nesta quinta-feira seu plano para uma fusão progressiva da empresa com a sua principal acionista, a fábrica de veículos esportivos Porsche.
De acordo com um comunicado, o acordo fará com que a Porsche passe ao controle da Volkswagen, embora mantendo uma identidade separada e independência.
Segundo o Conselho de Supervisão da Volkswagen, os executivos das duas empresas iniciarão agora as negociações “para chegar ao conceito final para atingir este objetivo”.
Para correspondentes, o acordo significa, efetivamente, uma aquisição da Porsche pela Volks.
INTENÇÃO ANTIGA
As duas montadoras já haviam expressado anteriormente a intenção de formar um grupo automotivo integrado.
O avanço nas negociações, no entanto, foi facilitado pelo pedido de demissão do presidente da Porsche, Wendelin Wiedeking, e do diretor-financeiro, Holger Haerter, nesta quinta-feira.
Os dois estiveram à frente da tentativa da empresa de passar a controlar 75% da Volkswagen, que fracassou por falta de dinheiro — refletindo a queda das vendas no setor e a crise financeira global. Hoje, a Porsche tem quase 51% da companhia.
A Volkswagen informou que a nova companhia será formada com o “envolvimento gradual da Volkswagen na Porsche AG (a fábrica de veículos da empresa)”.
OPORTUNIDADES
O presidente da Volkswagen, Martin Winterkorn, afirmou que o negócio “fará duas companhias fortes ainda mais fortes”.
“A Volkswagen e a Porsche têm uma grande experiência e podem usar seus recursos de maneira ainda mais eficiente ao combiná-los”, disse Winterkorn em um comunicado.
“Por este motivo, nós esperamos um crescimento de oportunidades, a garantia dos empregos existentes e a criação de outros”.
“Ao mesmo tempo, assim como a Audi atualmente, a Porsche pode continuar seu desenvolvimento independentemente e preservar sua identidade, sob a égide da Volkswagen.”
Com o acordo, a Porsche se tornará a décima marca sob o “guarda-chuva” da Volkswagen. Winterkorn também anunciou que o governo do Catar irá comprar 17% das ações da Volks.