Fazer escolhas não é fácil, principalmente quando o número de opções é grande. É assim também na indústria automobilística: quanto mais versões e pacotes de opcionais, mais complicado fica o processo de comercialização dos veículos – tanto para quem compra quanto para quem vende.
Mas isso está mudando com o fim dos vários (e confusos) pacotes opcionais.
Honda, Toyota e Nissan aderiram à prática há bons anos. Sem os opcionais, os modelos passaram a ser oferecidos em versões fechadas. Itens como sensores de ré, central multimídia e bancos de couro, por exemplo, até podem estar em versões que não os contemplam de série, mas são disponibilizados como acessórios, que são instalados pelas concessionárias.
Mas atenção: neste caso, a garantia é da autorizada e não da fábrica, o que pode gerar problemas no futuro – para saber se o acessório é realmente homologado pela montadora, confira se ele também é disponibilizado no configurador do site da marca.
Ford e Peugeot também adotaram as versões fechadas, enquanto a Citroën, que já oferece poucos itens avulsos, estuda entrar para o clube. A Chevrolet disponibiliza para o Cruze um único pacote de opcionais (a configuração chamada de LTZ 2), enquanto Volkswagen e Fiat também já começaram a enxugar suas opções.
A tendência é benéfica para todos: para a produção, que se torna menos específica, mais rápida e barata; para o vendedor, que mostra um pacote fechado; para o cliente, que tem menos escolhas a fazer; para a autorizada, que pode lucrar com os acessórios; e para a revenda, já que carros de mesma versão não se diferenciarão pela listagem de equipamentos isolados – que quase nunca conseguem valorizar o modelo acima do valor de tabela.