Você está dirigindo a 120 km/h e o pneu estoura repente. Sabe o que fazer? Pois não precisa ser um piloto profissional para escapar de uma situação de perigo como essa. Para isso, elaboramos um pequeno guia que vai ensiná-lo a sair de imprevistos como esse.
ESTOURO EM ALTA VELOCIDADE
Especialistas alertam que pneus originais e com manutenção em dia não estouram assim, do nada, seja por problema de qualidade, seja por erro de projeto. Um estouro só ocorre quando a estrutura do pneu foi afetada por um agente externo à fabricação, como talões danificados durante a montagem na roda ou lonas de corpo comprometidas por rodagem com baixa pressão ou rompidas por impactos contra buracos.
Caso o estouro ocorra, deve-se reduzir a velocidade gradualmente, sem pisar no freio para que o veículo não rode, mantendo o automóvel em linha reta, mesmo que ele puxe para um dos lados. Assim que o veículo estiver sob controle e com velocidade já reduzida, conduza-o até o acostamento. Para prevenir maiores danos ao pneu e à roda, substitua-o o quanto antes, evitando percorrer grandes distâncias com ele vazio.
ATOLAMENTO
Em veículos 4×2 sem pneus off-road, é praticamente impossível remover o veículo atolado sem ajuda externa. É necessário rebocar o veículo de forma adequada até que ele fique fora da região do atolamento. Não insista em tentar retirar o veículo sem ajuda, pois o pneu pode cavar o solo e atolar ainda mais, além de danificar componentes como a embreagem do veí­culo.
Caso não haja possibilidade de ajuda externa, pode-se tentar calçar o pneu atolado com pedras ou com os tapetes do veículo e tentar sair de forma suave, sem acelerar demais. É recomendável usar a segunda marcha e acelerar suavemente.
AQUAPLANAGEM
Esse fenômeno se dá em pista molhada, quando o carro está em alta velocidade e forma-se uma película de água entre o pneu e o asfalto. Nessa condição, é possível virar a direção para os lados e ainda assim o carro seguir em frente, sem controle. Mantenha a calma e não freie com força ou gire o volante, pois o veículo pode ganhar aderência de repente, perder o controle e rodar.
Mantenha as rodas retas, tire o pé do acelerador de forma gradual e deixe o veículo em linha reta até que ele saia da região com maior volume de água, deixando o veículo perder velocidade aos poucos com a resistência da água. Mova o volante delicadamente para saber quando o os pneus recuperaram o contato com o asfalto e reduza a velocidade.
É possível sentir quando a pista está propícia à aquaplanagem: nota-se uma grande resistência da água contra os pneus. Isso ocorre quando passamos sobre uma poça de água, por exemplo. No caso, é preciso reduzir a velocidade para que os pneus possam drenar melhor a água da pista.
BURACO FUNDO
Assim que possível, pare o veículo e verifique se o pneu que caiu no buraco apresenta bolhas nas suas laterais (interna e externa) ou na banda de rodagem. Verifique também se houve outros danos, como desprendimento de material, cortes ou rachaduras ou se o pneu está perdendo pressão.
É importante verificar se a roda foi amassada ou trincada, o que também pode causar perda de pressão posteriormente. Não prossiga caso encontre esses danos no pneu ou na roda: coloque o estepe no lugar. Caso tudo pareça em ordem, leve o veículo o quanto antes para que um profissional faça um exame dos componentes e verifique como estão o alinhamento e o balanceamento.
DERRAPAGEM NA CURVA
Nos carros com tração dianteira, existe a tendência de subesterçamento (quando o veículo sai de frente). Se isso acontecer, não pise no freio. Tire logo o pé do acelerador e gire o volante para dentro da curva até retomar a trajetória normal.
Carros equipados com tração traseira têm propensão a sobre-esterçamento. Nesse caso, tire o pé do acelerador lentamente e gire o volante para o lado contrário da curva até que o carro retome a trajetória. Veículos com controle de estabilidade fazem uma parte desse serviço para o motorista, ao frear algumas rodas com diferentes intensidades para estabilizá-los.
FRENAGEM
DE EMERGÊNCIA
Para carro com ABS, é só pisar fundo e forte, sem aliviar a pressão no freio, até parar ou atingir a velocidade desejada. Lembre-se de não girar o volante para que os pneus tenham total contato com o solo, a fim de aumentar o poder de frenagem. Se não tiver o ABS, procure dosar a pressão no pedal, pisando e aliviando um pouco sempre que sentir que as rodas estão prestes a travar, o que pode fazer o carro rodar. Deve-se colocar e tirar o pé do pedal do freio gradativamente, para evitar o travamento.