O Latin NCap, organização independente que avalia a segurança de veículos, divulgou mais uma rodada de testes de colisão. Carro mais vendido do Brasil, o Chevrolet Onix foi reprovado pela entidade, ficando com zero estrela.
As principais críticas se referem ao mau desempenho do carro em teste de colisão lateral, que não é obrigatório para a homologação de veículos a serem vendidos no Brasil.
O mau resultado foi observado pelo Latin NCap na proteção para ocupantes adultos, dos bancos dianteiros. A entidade apontou o risco de impacto no peito dos ocupantes nesse tipo de batida. “O Onix mostrou um desempenho pobre, já que o teste de impacto lateral evidenciou uma compressão alta no peito do passageiro adulto, divulgando uma alta penetração na estrutura”, disse a entidade.
“O Onix não contava com dispositivos de absorção de energia em sua estrutura para impacto lateral, apenas barras nas portas. Considerando esses resultados de testes, o Onix não passaria os requerimentos básicos da regulação para impacto lateral das Nações Unidas (UM 95)”, completou o Latin NCap.
Na proteção para crianças, o veículo conquistou 3 estrelas (de 5 possíveis).
O hatch é produzido na unidade de Gravataí (RS) e exportado para Argentina, Colômbia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.
POR QUE FOI REAVALIADO –
Em 2014, o Onix foi avaliado com 3 estrelas para adultos, mas o novo padrão de testes do Latin NCap, com colisão lateral, modificou a nota do hatch. Esse tipo de teste se tornou parte da avaliação da entidade em 2016; antes, só era feito se a montadora pedisse.
Por isso, modelos que já tinham sido avaliados voltaram a ser testados. Mas, até agora, apenas 3 que são vendidos no Brasil foram testados nos novos parâmetros: Peugeot 208 e Fiat Palio, que também tiveram notas rebaixadas por conta do desempenho ruim na colisão lateral.
Em todos os casos, o Latin NCap diz que os veículos teriam melhores resultados se tivessem airbags laterais, que não são exigidos por lei.
A entidade passou a ter critérios mais rígidos também para avaliação de impacto frontal. Mas não repetiu o “crash-test” do Onix neste caso: apenas reavaliou os resultados de 2014.