Teste de um carro tem que começar abrindo-se a porta. O óbvio, no caso do Argo, foi revelador e remete ao pensamento do mineiro Toninho da Matta, que foi um dos melhores pilotos brasileiros. Ele diz que, mesmo ao dirigir um carro na reta, dá para sentir seu comportamento na curva.
A porta se fecha silenciosa, precisa e macia. Coisa de modelo germânico premium e que deu para pressentir o salto de qualidade da Fiat no projeto do Argo, provavelmente o melhor carro já produzido pela marca no Brasil.
O hatch médio substitui Punto e Bravo e tem condições de disputar com Hyundai HB20 e Chevrolet Onix a liderança do mercado brasileiro. O estilo não é arrojado mas moderno e agrada a gregos e troianos. Tem um pouco do Mobi, do novo Tipo italiano e detalhes de Alfa Romeo na traseira.
O carro transmite sensação de solidez difícil de ser percebida (até então) num Fiat.
Desta vez a engenharia de Betim não aproveitou quase nada de antigos projetos e investiu numa nova plataforma com maior rigidez torcional. O carro passa a impressão de ter sido projetado para abrigar um haras bem mais poderoso sob o capô.
O Argo mira também o Polo, que a Volkswagen volta a fabricar no Brasil ainda este ano. E, assim como os alemães já anunciaram sua versão sedã (vai se chamar Virtus), os italianos confirmam esta versão do Argo a ser produzida no início de 2018 na Argentina.