A engenheira civil do DER, Helena de Souza Aguiar, percorreu durante toda a manhã de segunda-feira (23) a obra da balança 24 horas em fase de instalação às margens da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294).
Acompanhada de técnicos, Helena disse à reportagem que no local onde operava a balança móvel haverá uma adequação para funcionamento da balança 24 horas ininterruptas. Afirmou ainda que, se não fosse o período de chuva intensa, os serviços estariam mais adiantados. As últimas chuvas causaram uma série de erosões no local destinado para o pátio.
“Nós esperamos que em breve a balança comece a funcionar. Já recebemos todos os equipamentos e a energia está ligada, o que estamos dependendo é um tempo bom para continuarmos as obras do pátio para poder fazer as instalações necessárias para início das operações”, afirmou a engenheira, dizendo que na área do DER de Presidente Prudente esta é a primeira balança 24 horas em construção. Existe, segundo ela, um outro projeto com esta mesma infraestrutura na SP-613 perto de Primavera.
A engenheira aproveitou a oportunidade para fazer um apelo aos motoristas da região. Ela disse que a construção da balança com operação diária servirá para evitar o excesso de peso no transporte de cargas, responsável pelo maior desgaste do veículo, dos pneus, maior consumo de combustível e prejuízos à conservação do asfalto. “Isto é positivo, é para o bem dos usuários”, acrescentou.
De acordo com o publicado na edição digital nº. 383 da Revista O Carreteiro, estudos recentes feitos por técnicos do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) demonstram que um caminhão com 50% de excesso de carga causa 10 vezes mais danos ao pavimento do que se estivesse com o peso dentro da lei. Vale lembrar, também, a baixa qualidade do asfalto utilizado e a ação das chuvas.
Mesmo assim, carreteiros continuam transportando peso acima do permitido, principalmente no transporte de grãos, e a fiscalização por meio de balanças ainda é muito precária. A maioria das balanças instaladas está fora de operação, segundo informações oficiais. Das 75 unidades existentes nas rodovias federais, 66 estão inoperantes, oito em operação e uma em fase de ativação, conforme informação da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
