Motoristas de caminhões e carretas que transitavam ontem, 25, na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294) pararam em sinal de protesto contra o Governo Federal. Eles aderiram ao movimento nacional da categoria que está parando em diversos estados brasileiros.
No ponto de parada que funcionou no trevo secundário e principal de Pacaembu, os caminhoneiros e carreteiros que ainda não haviam aderido ao movimento foram convidados pelos grevistas a pararem. De forma pacífica, os participantes do movimento encostaram seus veículos no acostamento da rodovia e só passavam automóveis, ônibus e utilitários e aqueles que estavam transportando cargas perecíveis.
O caminhoneiro Paulo Roberto Roela que mora em Mogi Mirim e parou unindo-se aos demais colegas, disse que trabalha na estrada há cerca de 30 anos e que o movimento é necessário porque o diesel e o pedágio estão caros demais e, por isso, o movimento é positivo.
O também caminhoneiro Washington, de 21 anos, que reside em Bauru parou no protesto, e aproveitou para reclamar dos integrantes da categoria da região que não aderem maciçamente ao movimento. “O certo é parar tudo mesmo e só deixar passar o transporte de alimentos. Nós que somos de longe paramos e todos daqui desta região têm que parar”. Prosseguiu o jovem caminhoneiro: “O frete e o salário estão desvalorizados, enquanto que o IPVA e o pedágio estão caros”, comentou o jovem caminhoneiro.
Ele também espera que o movimento paralise o transporte na Capital Paulista e pensa em enviar um documento ao Senado para ver se a categoria seja beneficiada de alguma maneira.
Francisco Ventura (Chiquinho), presidente da Associação dos Caminhoneiros da Alta Paulista (ACAP) com sede em Pacaembu, afirmou que a categoria da região começou a aderir ao movimento ontem, 25, em apoio aos caminhoneiros e carreteiros de todo o País. Ele explicou que a Associação não está de braços cruzados e luta por um objetivo melhor em prol da classe. “Hoje o preço do óleo diesel, o custo do pedágio e os impostos estão um absurdo e impedindo manter um caminhão na estrada”.
“Do jeito que está não tem como a gente rodar mais, e, por isso, estamos fazendo a manifestação para melhorar a situação em prol da nossa classe”, disse o presidente da ACAP.
Francisco Ventura disse que o movimento aconteceu ontem no trevo de Pacaembu e também no trevo de Parapuã (SP-294) no entroncamento com a rodovia Assis Chateaubriand (SP-425).
Ele ressaltou que a intenção dos motoristas de fretes é manter o movimento até conseguir alguma solução.
Chiquinho destacou que o movimento deve ter continuidade hoje, 26, novamente no trevo de Pacaembu e provavelmente na rotatória de Tupi Paulista.