Os acidentes com vítimas também mostraram redução tanto no acumulado do ano quanto no mês de abril, sempre comparando com o mesmo período do ano anterior. Nos dois casos, a redução foi de 24% nas ocorrências com vítimas no Estado de São Paulo. A intensificação das blitze da Lei Seca em todo o Estado, campanhas de conscientização e o início do trabalho nos 15 municípios conveniados ao Movimento Paulista de Segurança no Trânsito são os principais fatores que auxiliaram na redução dos índices de acidentes.
O Infosiga SP reúne dados sobre faixa etária, gênero da vítima, tipo do veículo envolvido e perfil do acidente. Também é possível, por meio das informações registradas nos boletins de ocorrência, identificar períodos do dia e da semana em que os acidentes com vítimas se concentram, além de ter o retrato dos índices no Estado e em todos os 645 municípios. Em relação ao período de maior incidência de acidentes, é possível destacar o fim de semana (sexta-feira à noite até domingo) como o mais perigoso nas estradas e vias. Esse é o principal fator que explica o aumento de mortes em abril desse ano quando comparado com o mesmo mês de 2015. Em 2016, o mês de abril teve cinco fins de semana completos, enquanto no ano passado, o mês teve apenas quatro. Apenas nos fins de semana, foi identificado o aumento de 3,15% na comparação dos dois períodos.
O relatório divulgado hoje também aponta que, do total de mortes em acidentes de trânsito ocorridos em abril desse ano no Estado de São Paulo, 32% das vítimas estava em motocicletas e outros 23% eram pedestres. As vítimas fatais dos acidentes são, em sua maioria, homens (80%) e jovens (18 a 29 anos representam 26%). Em relação ao tipo de acidente, colisões e atropelamentos continuam concentrando a maior parte dos óbitos (61%), assim como nos meses anteriores.
No acumulado do ano, o Infosiga SP mostra que as características de vítimas e acidentes continuam as mesmas: mais homens morreram (77%) na faixa etária entre 18 e 29 anos (25%); o tipo de acidente que mais matou no Estado em 2016 também foi colisão (36%), seguido de atropelamento (25%).
Em abril e maio, o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito lançou uma campanha para conscientizar o pedestre do seu papel por um trânsito mais seguro. Chamando atenção para o fato de o atropelamento ser uma das principais causas de mortes em acidentes de trânsito nas cidades (30%) e rodovias (26%), peças alertaram para a distração das pessoas com o uso do celular enquanto andam e também para a imprudência de não atravessar a rua na faixa de pedestre ou as rodovias pelas passarelas. Cartazes foram distribuídos nos postos do Poupatempo, nas estações de Metrô e CPTM, e disseminados nas redes sociais dos órgãos do Governo ligados ao trânsito, como Artesp e Detran-SP.
Convênios com municípios
Em fevereiro, o governador Geraldo Alckmin assinou convênios com os municípios de Amparo, Atibaia, Barretos, Catanduva, Fernandópolis, Itanhaém, Jacareí, Piedade, Praia Grande, Registro, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, São Roque e Sorocaba, com o objetivo de implantar um programa piloto para investir em ações voltadas para fiscalização, sinalização e educação no trânsito. O objetivo é que as iniciativas bem-sucedidas sirvam de modelo para outras cidades e possam ser replicadas. O repasse da primeira parcela dos R$ 10,5 milhões que serão investidos nos municípios já foi feito e as prefeituras, juntamente com o Governo, estão trabalhando para reduzir acidentes e, consequentemente, mortes.
Sobre o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito
O Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (www.segurancanotransito.sp.gov.br) foi lançado em agosto de 2015 e é responsável por construir um conjunto de políticas públicas para reduzir o número de vítimas de acidentes de trânsito no Estado. O Movimento é um desdobramento do decreto nº 61138/2015, que determinou a elaboração de medidas para diminuir o número de vítimas do trânsito. A meta de redução de óbitos é de 50% em relação ao índice de 2010, ano anterior ao início da Década de Ação Pela Segurança Viária, da ONU.
O comitê gestor do Movimento é coordenado pela Secretaria de Governo e composto pelas secretarias da Casa Civil, Segurança Pública, Logística e Transportes, Saúde, Direitos da Pessoa com Deficiência, Educação, Transportes Metropolitanos e Planejamento e Gestão.
Para que a meta de redução de 50% nas vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito seja alcançada, o Governo intensificou esforços em ações voltadas para educação no trânsito, segurança das vias e veículos, além de gestão nas respostas para acidentes.
Além do esforço do Governo na redução de acidentes nas vias do Estado de São Paulo, o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito também conta com o envolvimento da sociedade civil. São empresas engajadas na promoção de um trânsito mais seguro, entre elas, Abraciclo, Ambev, Arteris, Banco Itaú, Optas, Porto Seguro e Ultra. Dentre os apoiadores, a Ambev, por exemplo, investe em tecnologia e treinamento para garantir a segurança de seus funcionários que trabalham em uma frota de mais de 12 mil veículos, entre motocicletas, carros e caminhões. Já a Porto Seguro lançou a campanha Gentileza gera Gentileza, para evitar discussões no trânsito e incentivar a gentileza entre usuários.