A Mooca, na zona leste, foi a região de São Paulo com a pior qualidade do ar nos últimos seis dias. Ela foi a única classificada como “má” pela Companhia de Saneamento Ambiental do Estado (Cetesb) na última semana – a marca foi atingida no domingo. No período, o ar se tornou pior nas dez áreas da cidade em que as medições são feitas. Os efeitos da poluição na saúde são agravados pela baixa umidade do ar, segundo especialistas.
O excesso de ozônio e a dificuldade de dispersão de partículas em um bairro com poucas árvores e localizado ao lado da Radial Leste, uma das vias mais movimentadas da cidade, são algumas das explicações para o que aconteceu na Mooca. O nível de ozônio na região chegou a 203, enquanto o recomendado é que não ultrapasse 101 – o que contribuiu para que a poluição no bairro fosse considerada a pior entre as 40 regiões do Estado com medição da Cetesb, incluindo a região industrial de Cubatão.
“A massa de ozônio se movimenta na atmosfera. Domingo houve um aumento na Mooca, mas isso também já ocorreu na área do Ibirapuera. É um fenômeno comum em regiões onde há uma grande liberação de gases dos veículos automotores”, afirma Maria Helena Martins, gerente de qualidade do ar da Cetesb.
O ar ontem foi considerado inadequado em outras três regiões da cidade – Parque d. Pedro II, Freguesia do Ó e Ibirapuera. A Mooca saiu da classificação “má” e ficou “inadequada”. No interior paulista, a qualidade estava abaixo do recomendado em São José dos Campos e em Paulínia, onde fica o polo petroquímico da Petrobras.