Caiu pela metade a concentração de monóxido de carbono (CO2) em bares, casas noturnas e restaurantes no Rio de Janeiro depois da implantação da lei estadual que proíbe fumo em ambientes fechados, públicos e privados, e de uso coletivo. É o que aponta a pesquisa do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas de São Paulo e da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro.
De acordo com o estudo, realizado antes e depois da lei, caiu em 1,4 ppm (partes por milhão) na concentração do gás nesses locais livres do tabaco após a vigência da lei, a partir de novembro de 2009. Em alguns bares, a queda foi de 5 ppm para 1 ppm – nível considerado semelhante ao registrado em ambientes ao ar livre.
Em áreas fechadas, a concentração de CO2 passou de 2,60 ppm, antes da lei, para 1,12 ppm, após a lei – equivalente a queda de 56,9%. Nos locais parcialmente fechados, a queda foi de 2,74 ppm para 1,3 ppm, correspondente a 52,6%. Em áreas abertas, o nível diminuiu de 2,61 ppm para 1,14 ppm (56,3%). A medição foi feita em 146 estabelecimentos.
A presença do monóxido de carbono no organismo humano reduz a oxigenação do sangue, células e tecido – o que, no decorrer do tempo, eleva o risco de doenças cardíacas e vasculares.
Em São Paulo, onde a lei antifumo vigora há um ano, a redução do gás em áreas fechadas foi maior, com um percentual de 70%, conforme pesquisa do Incor. Amanhã (29), é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo.