Técnicos do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB) percorrem diversas regiões do Distrito Federal (DF) para coletar informações sobre espécies de árvores locais. Eles vão medir o diâmetro e a altura das árvores, coletar solo e material botânico em um raio de 100 metros e investigar mais variáveis. Todas essas informações irão compor o Inventário Florestal Nacional (IFN), coordenado pelo Serviço Florestal Brasileiro. O objetivo é gerar dados sobre a quantidade e a qualidade das florestas do DF além de saber como a população se relaciona com os recursos naturais. “As pessoas só vão deixar de destruir, quando souberem o valor dessas reservas”, disse o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel.
Os técnicos irão visitar 68 localidades, a maior parte nas cidades de Planaltina e Brazlândia, que terão 17 pontos de amostragem cada. Também serão visitadas áreas no Plano Piloto (8), Paranoá (7), Sobradinho (6), São Sebastião (3), Gama (3), Santa Maria (2), Lago Sul (2), Taguatinga (1), Ceilândia (1) e Samambaia (1). O trabalho deve durar mais de um mês. Depois, serão levantadas informações em cerca de 20 mil pontos de todo o país.
Segundo Hummel, esse trabalho será realizado de cinco em cinco anos. “Este é intervalo de tempo que precisamos para fazer uma avaliação. E esperamos que, até o final de 2014, tenhamos terminado a amostragem em todo o país”, afirmou.
O DF foi a primeira unidade da federação a fazer o inventário dos seus recursos florestais, em 1971. Naquele ano, o trabalho mostrou a riqueza das matas de galeria, que ocupavam 5,3% do território e contavam cerca de 113 espécies, com uma média de 208 árvores por hectare.