Atracado há oito dias no porto de Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão, o navio Vale Beijing foi cercado hoje (9) por boias plásticas. A medida de segurança atende a uma ordem da Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no estado, que notificou pela manhã a empresa sul-coreana STX Pan Ocean, fabricante do navio.
Na notificação, o Ibama determinou o isolamento da área ao redor do navio com boias plásticas. Carregado com minério de ferro, a embarcação é considerada uma ameaça ao meio ambiente, pois o seu casco apresenta danificações, podendo provocar vazamentos no mar.
O superintendente substituto do Ibama no Maranhão, Ricardo Arruda, disse que a decisão de notificar os responsáveis pelo navio foi tomada para tentar “preservar a área” de riscos de contaminação por minério de ferro e combustível. “O Ibama pediu o cercamento e o isolamento do navio com essas boias para resguardar a região e também como medida preventiva de segurança”, disse.
Uma rachadura na área do tanque de combustível provocou a entrada de água nos compartimentos de armazenamento de minério de ferro. Os técnicos informaram que a entrada de água gerou uma inclinação no navio que compromete a sua estabilidade.
De acordo com a assessoria, o Ibama solicitou ainda à empresa sul-coreana a elaboração de um plano de ação emergencial para a mineradora Vale – que é a operadora nacional responsável pela embarcação. Paralelamente, a fabricante do navio pediu mais prazo para a definição de um plano de emergência. Mas a solicitação foi negada. A STX tem 24 horas para cumprir a notificação e, se descumprir a ordem, a empresa será autuada.
O Vale Beijing é uma embarcação de 391 metros de comprimento e capacidade para transportar até 400 mil toneladas de carga. O navio está atracado no porto de Ponta da Madeira desde a última quinta-feira (1º), carregado com mais de 360 mil toneladas de minério de ferro.