O ano de 2012 começou com chuva na cidade. Segundo dados da Cati-regional de Dracena, que está localizada no centro, foram registrados 15 milímetros no dia 1º e 10 milímetros na segunda-feira (2). Uma boa notícia para os agricultores, que de acordo com o diretor da Cati, Luis Alberto Pelozo, vivenciaram um mês de dezembro atípico, para não dizer crítico, com altas temperaturas aliadas a escassez de chuvas.
Até o último dia 30 havia chovido 27 milímetros e entre esta data e o último dia do ano (31) choveu mais 50 milímetros, totalizando 77. Índice bem abaixo da média histórica da região para dezembro que fica em torno de 230 a 240 milímetros. Em 2010, no mesmo período foram registrados 298.
Com base num levantamento feito nos arquivos da Cati, que abriga os índices pluviométricos desde 1953, Pelozo explicou que o pior ano em quantidade de chuvas no mês de dezembro foi 1963, quando foram registrados apenas 21 mm.
Ainda sobre o mês passado, os termômetros da Cati apontaram 40ºC nos dias 26 e 27 e 39ºC nos dias 25 e 28, com um detalhe – a medição foi feita na sombra.
O diretor considerou que o quadro apresentado prejudicou não só as pastagens e atrasou o desenvolvimento da cana-de-açúcar, a granação do café, como também afetou as hortaliças. A expectativa é de recuperação, uma vez que janeiro tende ser um mês com mais chuvas.
Para o produtor rural, Edson Araújo, o calor beneficia as frutas que ficam mais doces e com mais qualidade, mas nos últimos dias de dezembro, as temperaturas altas atingiram algumas mangas cultivadas no sítio no bairro Java Paulista. “Até algumas frutas ficaram queimadas na parte que batia o sol”, disse. Ele ainda comentou que as hortaliças exigiram mais cuidados uma vez que foi necessário irrigar mais vezes ao dia por conta do calor. O que preocupa o agricultor são as chuvas de janeiro.
Apesar da estiagem em dezembro, 2011 terminou dentro da média histórica da região com 1.331 milímetros. A média gira em torno de 1500 milímetros.