A campanha da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (SAA) para os produtores rurais declararem os resíduos de BHC e outros agrotóxicos proibidos estocados em suas propriedades, levantou na região, segundo a Cati de Dracena, 4.920,6 kg desses produtos obsoletos que estão depositados em locais como barracões de alvenaria e até em tambores.
A maioria desses agrotóxicos proibidos, cerca de 90%, segundo o engenheiro agrônomo da Cati, Adalberti Stivari, é conhecido como BHC, inseticida proibido no Brasil desde 1985, pelos danos que pode causar ao meio ambiente e à saúde humana, inclusive como agente cancerígeno, conforme estudos científicos.
A campanha terminaria na segunda-feira (26), mas segundo Stivari, em reunião com técnicos da Cati em Dracena, na terça-feira (27), ficou decidido que as declarações dos produtores serão aceitas até hoje. “A declaração do produtor é voluntária e ele poderá procurar a Cati ou as Casas da Agricultura de seus municípios até hoje para apresentá-la”, informou o agrônomo.
Amanhã, Stivari enviará o relatório final das declarações à Cati em Campinas, onde será elaborado um planejamento logístico para o recolhimento desses produtos. “É preciso saber a quantidade de agrotóxico obsoleto existente em todo o Estado para que a Cati possa requerer recursos do governo estadual, visando a retirada dos agrotóxicos e descontaminação química do local do depósito, é um processo oneroso”, informa Stivari. “O primeiro passo é a retirada do produto”, informa o agrônomo.
MUNICÍPIOS – A quantidade de agrotóxicos obsoletos declarados por municípios da região é: São João do Pau D´Alho (2,4 mil quilos); Irapuru (1,1 mil quilos); Pacaembu (400 quilos), Adamantina (720 quilos) e Dracena (300,6 quilos).