As chuvas ininterruptas registradas desde o final do ano passado e que intensificaram neste começo de 2016, estão impedindo os serviços de recuperação das estradas e pontes danificadas em diversos trechos dos quase 600 quilômetros de estradas rurais existentes no município de Dracena.
De acordo com o secretário de Obras em exercício, Aparecido Celestino, não há como os maquinários, como motoniveladora (patrol), pás-carregadeiras e caminhões realizarem reparos.
“Não tem como as máquinas transitarem na lama e se executamos os serviços de manhã, logo vem outra chuva, destrói o que foi feito e todo o trabalho é perdido”, informa.
Celestino explica que para fazer os reparos nas estradas e pontes danificadas pelas chuvas, é preciso utilizar terra que é retirada dos barrancos, mas com a lama não está sendo possível nem as pá-carregadeiras e caminhões basculantes fazerem a retirada da terra.
“Os entulhos que tínhamos já foi todo utilizado”, acrescenta o secretário, informando que por enquanto não tem como fazer os serviços em sua totalidade e a prioridade é resolver a situação onde há dificuldades de passagem para os moradores e não deixar famílias isoladas.
O secretário explica ainda que está percorrendo a zona rural para fazer levantamento das estradas e cabeceiras de pontes que estão sendo afetadas e salientou que os reparos necessários só podem ser feitos assim que o tempo firmar.
Ele cita o exemplo da ponte sobre o córrego das Marrecas que faz a ligação com o bairro Iandara e teve a cabeceira destruída pelas enxurradas. “Iniciamos os serviços no local, mas com as chuvas na última segunda-feira, 11, foi preciso parar”, explica.
ZONA URBANA – Na área urbana da cidade, os danos provocados pelas chuvas continuam ocorrendo no asfalto e galerias pluviais. Um dos locais mais atingidos e que continua interditado é na marginal João Ottoboni, ao lado da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), sentido trevo de Dracena.
No local, as enxurradas romperam o asfalto e a galeria pluvial. A Prefeitura já solicitou apoio da Defesa Civil para reconstrução da galeria e do asfalto, mas há falta de recursos financeiros.
Celestino informa que conversou com o diretor regional do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), João Augusto Ribeiro. “Existe a possibilidade do DER construir uma ponte no local”, salientou.
“As galerias pluviais na cidade não suportam a vazão da água que é muito forte, faz pressão, rompe a tampa e danifica o asfalto”, conclui Celestino.
Durante o mês de janeiro já choveu em Dracena, 101 milímetros.