O juiz substituto da 10ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Márcio Rached Millani, concluiu hoje (12) a fase de coleta dos depoimentos no processo que apura o vazamento das provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de 2009, ocorrido na Gráfica Plural, em São Paulo.
Por mais de seis horas, Millani ouviu os réus Luciano Rodrigues, Gregory Camillo de Oliveira Craid, Felipe Pradella , Marcelo Sena e Felipe Ribeiro. Eles respondem o processo em liberdade. A audiência, a portas fechadas, começou às 11h e terminou depois das 18h30.
Defensor de Gregori Camilo, suspeito de tentar vender a prova para veículos de imprensa, o advogado Ralfi Rafale da Silva sinalizou que a estratégia para evitar a condenação de seu cliente foi beneficiada com os problemas ocorridos no Enem deste ano. “Acabam colaborando.”
Luiz Vicente Benzinelli, advogado de Luciano Rodrigues, também tentou desqualificar a segurança do exame. “Não se pode acusar ninguém com aquela confusão dentro daquela gráfica. Qualquer um tiraria a prova de lá, não há nenhuma segurança.”
Os dois advogados disseram acreditar que a sentença do caso saia apenas no início de 2011.