O Tribunal de Justiça do Rio informou, na manhã de ontem, que um oficial de Justiça foi entregar o mandado de prisão para o ex-jogador Edmundo, expedido na noite de terça-feira (14) pelo juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, da Vara de Execuções Penais (VEP).
O TJ não informou em qual endereço o mandado foi expedido.
Segundo informações do TJ, o ex-jogador só poderá ser considerado foragido depois que o oficial de justiça tentar, em vão, localizá-lo.
Além do oficial de Justiça, a polícia também procura o ex-atacante. O delegado Rafael Willis, titular da Polinter, procurava na tarde de ontem Edmundo em cinco endereços na cidade.
Um dos locais visitados fica em São Conrado, na Zona Sul.
Mas, segundo a polícia, o ex-jogador não mora no local há pelo menos nove meses.
O G1 tentou, por telefone, falar com o advogado Arthur Lavigne, que representa o ex-jogador. O celular do advogado estava na caixa postal.
Ele também não foi encontrado em seu escritório.
Embora tivesse informado em entrevista que entraria com um pedido de habeas corpus para o ex-jogador ontem cedo, até o final da manhã Lavigne não tinha dado entrada no documento no TJ.
Defesa alega prescrição
O juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo rejeitou a alegação da defesa de prescrição do processo em que Edmundo responde por acidente de carro, em 1995.
“Esse processo não foi prescrito e a sentença deve ser executada imediatamente. O mandado pode ser cumprido a qualquer momento, no entanto, por não se tratar de flagrante, é pouco provável que isso ocorra ainda nesta noite”, disse o juiz da VER, na noite de terça-feira (14).
De acordo com o TJ-RJ, Edmundo foi condenado em março de 1999 a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto, pelos homicídios culposos de três pessoas e lesões corporais também culposas em outras três vítimas do acidente ocorrido na Lagoa, Zona Sul do Rio, na madrugada do dia 2 de dezembro de 1995.
Desde então, a defesa tenta na Justiça reverter a sentença da 17ª Vara Criminal da Capital, que condenou o ex-jogador.
Ainda segundo o TJ-RJ, na época, os advogados do Edmundo recorreram, mas a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a decisão no dia 5 de outubro de 1999. Edmundo chegou a ficar preso por 24 horas.
No entanto, a defesa conseguiu um habeas corpus que permitiu que o ex-jogador recorresse em liberdade.
O TJ-RJ informou que Edmundo recorreu, então, aos órgãos superiores, em Brasília. O Supremo Tribunal Federal (STF), por sua vez, manteve a condenação.