Em sessão do tribunal do júri em Pacaembu, realizada ontem (27), foi condenado a 22 anos de prisão o agente penitenciário Anderson Luis da Silva Budoia, por atropelar e matar a adolescente Ana Clara Zorneck, de 16 anos, em Pacaembu, na madrugada do dia 25 de dezembro de 2014.
A sessão de julgamento teve início às 9h e terminou logo após as 18h, presidida pela juíza Ruth Duarte Menegatti, da 3ª Vara do Foro da Comarca de Adamantina. Foram mais de nove horas d e julgamento, o que despertou interesse da comunidade, que pôde acompanhar a sessão do tribunal do júri. O policiamento foi reforçado para garantir a segurança do local.
As testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas. Também falaram o representante do Ministério Público, na acusação do réu, e o advogado do réu, que no exercício da defesa, tentou caminhos para a não condenação, ou o abrandamento da pena, tentando vincular o crime ao Código de Trânsito, e não ao Código Penal Brasileiro. Ao final, os jurados votaram em sala secreta pela culpa do réu.
Em seguida, na volta ao plenário, a juíza leu a sentença, aplicando a pena. Após, o réu deixou o local no carro da Secretaria da Administração Penitenciária, para uma unidade prisional. Ele está preso desde o dia 8 de janeiro, quando se apresentou à Polícia, sendo expedido pela Justiça o mandado de prisão preventiva.

A morte da adolescente

Na madrugada do dia 25 de dezembro de 2014, a vítima estava com mais cinco adolescentes, entre 16 e 17 anos, sob a copa de uma árvore, quando o motorista do VW Gol que transitava pela via, no sentido centro-trevo, se aproximou e “jogou” o carro para cima dos adolescentes, conforme o boletim policial. Alguns jovens se esquivaram, exceto a vítima que, ao ser atingida, foi arremessada por aproximadamente 15 metros de distância.
O acusado, após atropelar a garota fugiu, sofrendo um capotamento no trevo da cidade. Ele ainda abandonou o veículo e permaneceu “escondido” em uma propriedade rural. No dia 8 de janeiro de 2015, o homem, que na data tinha 29 anos, se apresentou à Polícia Civil e afirmou “que não teve a intenção de cometer o crime e que se distraiu enquanto mexia no rádio do veículo”.
Na época, a Polícia Civil requisitou a prisão preventiva do acusado, que foi deferida pela Justiça, e desde então, estava recolhido ao sistema penitenciário, onde aguardava julgamento (Com informções de O Pacaembuense).