A Associação de Proprietários de Camarotes e Cadeiras Cativas do América Futebol Clube pediu à Justiça Federal que sejam reservados R$ 16,2 milhões do montante arrecadado com o leilão do Estádio Benedito Teixeira, o Teixeirão, para garantir os seus direitos. 

O dinheiro cobrado pela associação é referente à compra de 183 camarotes e 4.197 cadeiras cativas, que os proprietários pagaram ao América por esses espaços quando da construção do estádio, na década de 1980. 

O pedido de reserva do dinheiro foi anexado aos processos de execução fiscal que a União move contra o América para cobrar dívidas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Imposto de Renda, que somam R$ 530 mil. As ações tramitam na 6ª Vara da Justiça Federal de Rio Preto. 

Além da cobrança de impostos atrasados, o América é alvo de ações trabalhistas que cobram R$ 4,4 milhões do clube de futebol rio-pretense. 

Para honrar o pagamento das dívidas de impostos atrasados e trabalhistas, a Justiça Federal penhorou e Teixeirão e determinou o leilão do estádio, que foi avaliado inicialmente em R$ 21 milhões. 

O leilão que seria realizado no mês de abril foi suspenso, mas a Justiça manteve o leilão programado para setembro e novembro de 2012. 

Para a Associação de Proprietários de Camarotes e Cadeiras Cativas, apesar das tentativa do América de anular as datas do leilão, a venda do Teixeirão é “iminente” e, por isso, a associação quer “preservar o direito dos associados.” A associação contratou uma empresa de auditoria que apurou o valor atualizado pago por cada camarote (R$ 71,5 mil), mesmo que esses espaços ainda não tenham sido entregues aos proprietários. Na mesma avaliação as cadeiras cativas, entregues parcialmente, foram estimadas em (R$ 749).