Um fato inusitado chamou a atenção no empate por 0 a 0 entre São Paulo e LDU de Loja, em partida válida pelas quartas de final da Copa Sul-Americana, no estádio do Morumbi. A discussão entre Rogério Cenie Ney Franco, na segunda etapa da partida, gerou pôlemica.O goleiro são paulino pediu a entrada de Cícero, enquanto o treinador optou por Willian José.
O atrito envolvendo os tricolores ecoou pelos lados da Vila Belmiro. O capitão do Santos Futebol Clube, Edu Dracena, que está se recuperando de uma lesão no joelho esquerdo, defendeu a postura de Ney Franco, deixando claro que quem manda no Santos é o treinador Muricy Ramalho.
– No Santos não tem isso. Quem manda é o Muricy. Acho que aí já passa do limite. Eu, como capitão, nunca sugeri ao Muricy para trocar esse ou aquele. Cada um tem sua função. Pega mal não só para o Rogério Ceni, como também para todos. Se o Ney (Franco) faz (a mudança pelo Cícero) seria pior, porque falariam que quem escala o time é o Rogério. O Ney está certo: ele escala e o Rogério tem de fazer a parte dele em campo – afirmou Dracena ao Programa Baixada Esporte, da TV Santa Cecília.
Após o empate, que classificou o São Paulo para as semifinais da competição, o treinador tricolor desaprovou a postura do goleiro.
– Ele (Ceni) pediu para colocar o Cícero de referência e eu preferi colocar o Willian José. Foi isso que aconteceu. Não gostei das duas coisas. Do pedido dele e do jeito que falou. Eu sou o treinador, quem decide sou eu. – finalizou Ney Franco.