O primeiro dia útil após o Natal é marcado pela grande movimentação de consumidores para troca de presentes nas lojas do comércio. E foi o que ocorreu na tarde de ontem, 26, quando o comércio dracenense se encontrava bastante movimentado, com a troca dos presentes ganhados no feriado.
Segundo o CDC (Código de Defesa do Consumidor), se o produto estiver em perfeitas condições, a loja não é obrigada a substituí-lo. Entretanto, os lojistas costumam agradar seus clientes realizando a troca de mercadorias.
De uma forma geral, as vendas em diversos setores do comércio dracenense foram melhores do que no ano passado. De acordo com a gerente da loja Magazine Parrilla, Rita de Cássia Pereira, a semana de trocas costuma impulsionar as vendas na última semana do ano. “No momento da troca, o cliente também procura outros produtos, aumentando as vendas nessa época em até 30%”, afirma Rita.
Na loja Aliança Calçados houve grande procura por pessoas que queriam trocar a numeração do calçado. Funcionárias do estabelecimento acreditam que até o fim de semana, aproximadamente 70% das pessoas que freqüentarão a loja irão para trocar produtos.
É o caso da cliente Márcia Cristina, que ganhou de presente do irmão um sapato com numeração menor. Com um produto de valor mais alto do que a troca, Márcia reforça a importância das lojas possibilitarem a substituição para o consumidor, para que o presenteado não perca o produto devido a problemas de numeração. O mesmo ocorreu com outro cliente, Heytor Rigazzo, que aproveitou o dia para fazer a troca do presente que ganhou de Natal.
Essas procuras costumam prosseguir até a primeira semana de janeiro. Marlene Bezerra de Lima, vendedora do Mini Shopping do Fumaça, diz que o dia 26 de dezembro é conhecido entre os comerciantes como o “Dia Internacional da Troca”, devido ao grande número de pessoas que procuram pelo serviço nesse dia. Com um aumento de cerca de 40% nas vendas, Marlene ressalta que o movimento na tarde de ontem foi maior que na última terça-feira, 24, véspera de Natal.
A gerente da loja de brinquedos Brink & Lar, Nalva Soares, também acredita que o período seja o mais movimentado do ano. “Muitas pessoas da capital vieram até a cidade este ano e preferiram comprar os presentes para os familiares aqui, para evitar o deslocamento com pacotes durante a viagem e facilitar o presenteado caso haja troca”, diz. Neste ano, as vendas aumentaram cerca de 40% com relação ao mesmo período do ano passado.
Na loja Hospedaria Shoes, Jane Almeida foi realizar a troca de uma sandália que a filha ganhou com numeração maior. “O fato da loja autorizar a troca é ótimo, porque o presente é dado com boa intenção, mas nem sempre o produto atende às expectativas, como o tamanho, por exemplo”, ressalta a mãe.
NACIONAL – Segundo a Serasa Experian, as vendas para o Natal cresceram 2,7% em todo o país na semana que antecede a comemoração, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foi o resultado mais fraco desde o Natal de 2003, quando começou a ser realizado o levantamento, onde as vendas cresceram 17%. No final de semana que antecedeu o Natal, por sua vez, as vendas subiram 2,1%. O fraco da data confirma as previsões de economistas de que o comércio deva fechar o ano com o menor crescimento em uma década.
ORIENTAÇÕES – O Procon orienta que a nota fiscal é a segurança do consumidor e o que vai garantir a possibilidade de troca. Não existe produto sem garantia, a nota fiscal é suficiente para reclamar quanto à qualidade dos produtos não duráveis no prazo de 30 dias e para produtos duráveis no prazo de 90 dias.
Nos casos de trocas por defeito ou tamanho é importante que o consumidor teste ou experimente o produto ainda na loja. De acordo com o Procon, isso pode evitar surpresas futuras ou uma segunda troca. Em casos de problemas quanto à qualidade do produto, a fundação orienta procurar a assistência técnica indicada pelo fabricante e solicitar a ordem de serviço.
A assistência terá 30 dias para resolver o problema. Se isso não ocorrer, o consumidor tem o direito de ir até a loja e pedir a troca do produto ou a devolução da quantia paga por ele. Se o comerciante se negar a trocar ou devolver, o consumidor deve entrar em contato com o Procon.
Já em casos de trocas simples (de produtos sem defeitos), o consumidor deve ficar atento a prazos estipulados pelas lojas para as trocas. O comerciante não é obrigado a fazer esse tipo de troca.