Carrapatos e pulgas são extremamente persistentes quando instalados em um recinto onde possuem animais domésticos. Eles se escondem em frestas de pisos, madeiras, grama, tapetes e principalmente na casinha do animal. Com grande resistência, o tratamento apenas nos cães não é eficaz para o combate e controle, ou seja, este também deve ser tratado em todo o ambiente para interromper o desenvolvimento desses intrusos indesejáveis.
No início do ano, o aumento da temperatura e a umidade acabam sendo a combinação perfeita para a proliferação desses parasitas, podendo fazer muito mal para os cães, devido a transmissões de doenças que podem até matar, além do transtorno e desconforto para o animal.
De acordo com o médico veterinário Ivan José Borges, a procura por carrapaticidas e produtos para a eliminação desses insetos tem um aumento significativo nessa época do ano.
Inúmeros produtos podem ser utilizados para deixar o animal livre do incômodo. Porém, segundo Ivan, o que a grande maioria das pessoas esquece, é realizar o combate na larva que esta no ambiente em que o animal vive. Deve se realizar o combate no animal sem esquecer de todo o ambiente como grama, forros, portões, paredes e tapetes.
Borges informa que a dedetização é fácil e para quem não possui aparelho de pulverização em casa, uma garrafa pet com pequenos furos na tampa, já resolve o problema. Basta inserir o conteúdo do inseticida desejado diluído em água – conforme recomendações do produto – colocá-lo dentro da garrafa e iniciar o procedimento em superfícies passíveis de repouso, trânsito e esconderijo das larvas e carrapatos.
O veterinário ainda adverte que realizar a pulverização apenas uma vez não resolverá o problema. “O animal e o ambiente deverão ser tratados uma vez por semana durante aproximadamente um mês, sem intervalos, para acabar definitivamente com a infestação.
“A fêmea ingurgitada do carrapato reproduz de 3 a 5 mil ovos a cada 21 dias, por isso, a importância de tratar o ambiente constantemente para eliminar todos esses ovos e larvas que são deixados pela fêmea”, ressalta Borges.
Ele alerta e adverte aqueles que possuem o costume de arrancar o carrapato do cão. “Os carrapatos possuem uma enzima que é liberada ao puxar o carrapato da pele do animal que pode causar uma grave infecção”, diz. O correto é deixar o parasita cair sozinho com a ajuda dos carrapaticidas.
Segundo ele, além da infecção, após eliminar o carrapato, ocorre um pequeno sangramento na pele do animal, o que chama atenção de moscas varejeiras, correndo o risco de o inseto botar ovos justamente no local e causando algumas patologias como, por exemplo, a conhecida bicheira.
Os carrapatos carregam minúsculos parasitas (protozoários e bactérias), que podem causar doenças muito graves em animais e seres humanos, uma vez que penetram na corrente sanguínea. As chuvas marcam o período que já é conhecido pela proliferação desses insetos. Uma dica é pulverizar o ambiente antes dessa temporada, para se evitar ao máximo a propagação desses seres.