Neste primeiro mês do ano, as empresas de Dracena que compram e depois revendem materiais para a reciclagem começam a enfrentar queda em torno de 7 centavos (o quilo) nos preços dos produtos e também no volume de materiais coletados. A redução também aconteceu no ano passado, mas depois o mercado conseguiu obter uma leve recuperação. A informação é do empresário Pedro Dias, da empresa Sucatolândia, que completa 20 anos de atividades em Dracena, no mês de fevereiro.
Segundo ele, 7 centavos a menos pelos reciclados parece ser insignificante, porém para as empresas representa muito dinheiro na hora da venda. Dias explicou que há cinco meses comprava até 28 toneladas de reciclados por semana, mas agora o volume caiu de 6 a 16 toneladas semanais. “O preço tinha melhorado um pouco, mas nesta semana, a fábrica ligou para nós e comunicou a redução de 7 centavos nos valores, o que para o ramo de reciclados é muito dinheiro. O volume de produtos caiu provavelmente por causa do comércio ter vendido menos”, ressaltou o empresário que é o maior comprador de reciclados de Dracena.
De acordo com Dias, que conta com o apoio das filhas e funcionários, existe comprador para todos os tipos de reci
clados, mas não está tendo produtos para atender a demanda e, apesar da instabilidade no setor, os serviços continuam. “Está meio instável, porém vamos tocar as atividades. Esperamos que este ano seja melhor”, afirmou. A queda no volume de reciclados em Dracena provocou também a diminuição na contratação de mão-de-obra em virtude das empresas comparem menos.
A Sucatolândia vende os reciclados para as empresas de reciclagem de Andradina, Presidente Prudente, Rolândia (PR) e em São José do Rio Preto.
NA ATIVIDADE – Uma das pessoas que é beneficiada com a venda de reciclados em Dracena é o aposentado por tempo de serviço, Rafael Carvalho Teixeira de 67 anos, que há 31 anos é catador de todos os tipos de materiais. Ele comercializa os reciclados para a Sucatolândia. Teixeira afirmou que fatura R$ 600, por mês, dinheiro que complementa a renda mensal já que com apenas o salário mínimo que recebe da aposentadoria não daria para sobreviver.