A longa estiagem que persiste na maior parte do estado de São Paulo está afetando a agricultura e a pecuária na região. Para avaliar os prejuízos, a Coordenadoria de Assistência Técnica e Integral (Cati) de Dracena está realizando um levantamento da queda na produção nos 16 municípios da região vinculados à Cati.

A diminuição nos índices de chuvas neste período está sendo considerada a maior nos últimos anos na região.
De acordo com engenheiro agrônomo da Cati, Adalberto Stivari, a seca está afetando seriamente hortaliças, pastagens, seringais, culturas de frutas, como a acerola, além do café e cana-de-açúcar.
Com a falta de chuva, de acordo com agrônomo, os gomos da cana ficam menores, prejudicando a produção. “Apesar de a cana ter capacidade de recuperação, mas para isso é necessário que chova pelo menos 30 a 40 milímetros”, explica.
Na pecuária de corte, o efeito da seca também é grave. “A pastagem não se desenvolve e a consequência é o aumento nas depesas com ração, sal entre outros insumos e na pecuária leiteira, o gado sente o efeito do calor, diminuindo a quantidade do leite”, constata Stivari.
A produção do milho também está sendo seriamente atingida. “O milho cultivado um pouco mais tarde, além do desenvolvimento da plantação estar sendo prejudicado, os ataques da lagarta cartucho aumentaram”, informa.
Com a seca, as frutas da acerola estão ficando menores e as floradas que ocorrem de 30 a 40 dias, também diminuiram, mesmo em plantações irrigadas. “Com a quebra no peso e qualidade da fruta, o reflexo é o mercado recusar a produção”, conclui Stivari.