Ex-presidente do Corinthians e articulador na construção do futuro estádio em Itaquera, Andrés Sanchez reiterou que as obras na arena podem ser paralisadas caso o financiamento do BNDES não seja liberado. Andrés diz que R$ 30 milhões serão pagos em juros até abril aos investidores responsáveis por bancar a construção da arena.
“O Corinthians tem um limite de fluxo de caixa e não podemos estourar nosso limite, então tem poucos dias aí, poucas semanas, para chegar a um acordo”, disse Andrés.
O custo para a construção do estádio está orçado em R$ 1 bilhão. O valor antes projetado era de R$ 820 milhões, mas gastos extras elevaram a conta.
O repasse do empréstimo do BNDES (R$ 400 milhões) será feito via Banco do Brasil. O banco, porém, exige garantias bancárias a Odebrecht, incluindo bens da construtora.
A Odebrecht apresenta como garantia para o negócio as receitas futuras da arena. As duas partes ainda não chegaram a um acordo.
A Fifa reforçou o discurso de que quer todos os estádios da Copa do Mundo prontos até dezembro de 2013. Diante do entrave na liberação do empréstimo do BNDES, a conclusão da obra no Itaquerão pode ocorrer apenas em 2014.
De acordo com Andrés, o Corinthians não seria prejudicado com a exclusão do estádio para o Mundial e gastaria menos.
“Se isso acontecer [estádio ser excluído da Copa do Mundo], remodelaremos o estádio que está praticamente pronto, o Corinthians começa a jogar aqui em janeiro e arrecada mais de R$ 200 milhões só em 2014. Em 2014 já se pagaria quase 50% do estádio. Mas se tiver Copa aqui não poderemos jogar aqui durante um ano inteiro”.