Felipão terá mais dois amistosos para observações, mas apenas jogadores que atuam no Brasil serão chamados. Assim, os desempenhos nos clubes que atuam serão fundamentais para que os pretendentes às vagas restantes conquistem o técnico.
As maiores dúvidas de Felipão estão no meio-campo. O goleiro Júlio César, a linha defensiva formada por Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo e os atacantes Fred e Neymar estão praticamente definidos no esqueleto do time titular. No entanto, no meio-campo o técnico fez muitas alterações nos três jogos e tem dúvidas sobre a melhor formação.
O Brasil alternativo entra em campo no próximo dia 6 de abril, contra a Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra. No dia 24 do mesmo mês, o desafio será diante do Chile no Mineirão. Será a chance de jogadores que não foram convocados até o momento garantirem uma vaga na Copa das Confederações. “Em 2002, tiramos o Kleberson e o Gilberto Silva de jogos assim”, relembrou.
Com o time completo, a Seleção volta a campo no dia 2 de junho, quando enfrenta a Inglaterra, no Maracanã, já com o grupo de convocados para Copa das Confederações. Uma semana mais tarde, a França será a desafiante em Porto Alegre. O Brasil estreia no torneio em Brasília, no dia 15 do mesmo mês, contra o Japão. Goleiros: Todos convocados: Diego Alves, Diego Cavalieri e Júlio César. Laterais: Todos convocados: Adriano, Daniel Alves, Filipe Luís, Marcelo. Zagueiros: Todos convocados: Dante, David Luiz, Dedé, Leandro Castán, Miranda e Thiago Silva. Meio-campistas: Todos convocados: Arouca, Fernando, Hernanes, Jean, Kaká, Lucas, Luiz Gustavo, Oscar, Paulinho, Ramires e Ronaldinho. Atacantes: Todos convocados: Diego Costa, Fred, Hulk, Luís Fabiano, Neymar e Osvaldo.
AMISTOSO –
O empate por 1 a 1 contra a Rússia ficará marcado não só pelo fraco futebol coletivo apresentado pelo Brasil no Stamford Bridge, na última segunda-feira. O jogo também terá em seu registro uma nova noite apagada de Neymar na Seleção e mais uma tentativa frustrada de Kaká cavar seu espaço no time. Os dois jogadores cometeram muitos erros e prenderam demais a bola.
Com um futebol modesto também no empate contra a Itália, a situação de Kaká na Seleção de Felipão se complicou. Fica difícil cravar um descarte na lista para a Copa das Confederações, mas seu futebol terá que evoluir no final de temporada pelo Real. Neymar não vive a incerteza de Kaká. Porém, está longe de passar por um momento de tranquilidade na Seleção. Seu futebol coletivo evoluiu contra a Itália, é verdade. Só que, contra os russos, o santista voltou a cometer seu principal pecado: tentar o drible em vez de tocar a bola.
Ao final do jogo, Neymar só não deu mais dribles do que Marcelo (7 a 5), mas deixou o campo marcado por mais uma atuação abaixo de sua média em Londres. O mesmo ocorreu em fevereiro, em amistoso contra a Inglaterra, e na final olímpica contra o México. Sua imagem no país em que mais jogou depois do Brasil está desgastada.