O vereador Kielse Muniz, na sessão de 17 de março, foi o único da Casa de Leis que não aceitou regime de urgência no projeto do cartão alimentação, conforme texto enviado ao JR por sua assessoria. O vereador salienta que o projeto chegou ao seu conhecimento somente naquela data e minutos antes da votação, ocorrendo antes da sessão uma rápida reunião que envolveu vereadores, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, advogado e contador da Prefeitura, onde esses defenderam o projeto como sendo a única forma de o Executivo conceder o aumento de salário aos funcionários públicos municipais.
Após todos os esclarecimentos das partes o vereador Muniz pediu a oportunidade de falar e fez uma sugestão: “Aproveitando ainda a presença do presidente do Sindicato na sala peço que esta votação não ocorra hoje, por se tratar de um assunto de extrema cautela e cuidados legais, então sugiro que o Sindicato promova uma assembleia e convide o Executivo (prefeito), o Legislativo (vereadores) e o mais importante, os funcionários, e que seja passado aos funcionários o porquê desta decisão, o mesmo esclarecimento aqui exposto seja levado aos funcionários”.
Kielse ainda disse que o presidente do Sindicato achou a ideia interessante, mas o teve que se ausentar. E assim a sugestão do vereador Kielse em não votar o projeto naquela data não foi aceita, mas uma nova sugestão foi feita na sala e esta surgiu dos vereadores que seria: alterar a Lei em seu art. 1º excluindo do direito ao cartão os agentes políticos (prefeito e secretários), e ainda que o prefeito acatasse o nosso pedido em conceder o direito do cartão em casos de férias, tratamento de saúde, licença a gestante ou maternidade, em casos de tratamento de doença profissional ou em decorrência de acidente de trabalho, em situação de falta justificada, em licença prêmio e abonadas, e que isto fosse feito indispensavelmente com a presença dos funcionários. O vereador Kielse ainda fez um apelo ao prefeito que desse a oportunidade de todos os vereadores participarem do início ao término de um projeto, e cada um pudesse dar suas sugestões e fizessem suas análises no percurso da lei e não somente de última hora, em muitas situações em sessões extras ou regime de urgência. Ainda lembrou a população que sempre que um projeto entra em regime de urgência, este vem sem parecer das comissões, onde corre ainda mais o risco de falhas.