O juiz do Trabalho de Dracena, Marcelo Bueno Pallone, tornou nula a eleição dos Sindicatos dos Servidores Municipais, visando à vedação de posse da chapa “União e Trabalho”, presidida pelo vereador Pedro Gonçalves Vieira (Trabuco).

No início do ano, dias antes da eleição ocorrer, os candidatos das chapas “A união faz a força” e “Renovação” entraram com pedido de impugnação da chapa de Pedro Trabuco, alegando que o candidato estaria realizando campanha eleitoral dentro das instalações do Sindicato.
No dia das eleições, após grande tumulto e momentos de tensão, os membros da comissão eleitoral concordaram com a participação das três chapas. Com 233 votos, Pedro venceu a eleição. Com isso, os concorrentes Edivaldo Caetano de Souza e Renata Mathias Duarte procuraram a Justiça do Trabalho para tomar as providências sobre a impugnação da chapa de Pedro.
Por ordem judicial, Pedro não pôde tomar posse da presidência do Sindicato dos Servidores no dia 10 de abril e o atual presidente Edivaldo de Oliveira Novaes (Didi) deve-se manter na direção da entidade até a resolução do caso.
Na última quarta-feira, 30, o juiz do Trabalho, Marcelo Bueno Pallone, decretou a nulidade da eleição realizada em 10 de janeiro deste ano e determinou que o atual presidente Didi deverá convocar novas eleições no prazo de 15 dias, inclusive formação de nova Comissão Eleitoral. Edvaldo Caetano, candidato que ficou em segundo lugar na disputa, disse que irá se reunir hoje, 6, com os membros da Comissão Eleitoral para discutir mais detalhes do caso. Ele não descartou a hipótese de uma possível aliança com Renata Mathias, da chapa “Renovação”, que também entrou na disputa pela diretoria.
Pedro Trabuco falou à reportagem ontem à tarde, da sua insatisfação com o resultado da sentença e disse que irá recorrer na Justiça. “A Comissão Eleitoral autorizou a minha participação nas eleições, logo ela não tem forças para anular a posse”, avaliou.