A Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente de Dracena alerta para a necessidade dos maiores produtores de resíduos sólidos na cidade, principalmente dos setores do comércio e indústria, gerenciarem corretamente o lixo produzido em suas empresas.
“A maior preocupação é com os grandes produtores de resíduos sólidos que até o momento não se manifestaram junto à Secretaria para receberem orientações e esclarecerem as dúvidas sobre o destino correto desses resíduos, principalmente os perigosos (químicos e agrotóxicos, por exemplo) e industriais”, informa o secretário municipal da Agricultura e Meio Ambiente, Antenor José de Oliveira Filho.
O alerta do secretário se refere à lei municipal 4253, aprovada nesse ano, em obediência à lei federal 12.305/10, que trata da política nacional dos resíduos sólidos. “A responsabilidade legal pelo gerenciamento dos grandes produtores de lixo é das próprias empresas”, aponta.
De acordo com Oliveira, Dracena não só instituiu a nova lei, como também está atendendo com a construção do aterro sanitário definitivo antes do prazo legal estipulado, 30 de agosto, para os municípios extinguirem os lixões abertos.
Dracena tem três espaços para depositar corretamente os resíduos. O primeiro é o aterro sanitário para lixo orgânico (restos de comidas) e inorgânico (produtos descartáveis e papel higiênico, por exemplo); o segundo é a usina de reciclagem de lixo (papel, vidro, metais, plásticos, entre outros) e o terceiro é o depósito de materiais inertes (galhos, folhas, madeira, móveis e restos de construção civil).
RECICLAGEM – O caminho, segundo Oliveira, é a coleta seletiva do lixo. Apesar de já ter implantado em Dracena, as adesões da população ainda são tímidas. “A população deve pôr fim aos seus resíduos sólidos, fazendo a separação correta do lixo orgânico, inorgânico e o reciclável”, explica.
COLETA SELETIVA – O secretário esclarece que a Prefeitura realiza a coleta seletiva do lixo recliclável de segunda a sábado, em todos os setores da cidade e nos distritos de Jamaica e Jaciporã.
“Orientamos a população a vir à Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente (recinto da Fapidra) para retirar o saco plástico verde, que é o padronizado para a coleta seletiva e receber as instruções necessárias”, enfatiza.
A coleta seletiva não mistura os resíduos orgânicos com inorgânicos, essas são as principais orientações do secretário para preservar o meio ambiente e destinar corretamente o lixo doméstico, do comércio e da indústria.
São medidas práticas que vão ajudar na vida útil do aterro sanitário. A área do aterro municipal possui 5 mil m², com capacidade de depósito de 25 mil metros cúbicos de resíduos. Conforme Oliveira, nos países mais desenvolvidos, um aterro desse porte tem vida útil de 20 anos, ao contrário do que pode ocorrer em Dracena, que em dois anos, estará comprometido com falta de espaço para o descarte do lixo, pela falta de gerenciamento correto e reciclagem dos resíduos.
CARTILHA – Para reforçar a conscientização da população sobre a importância da reciclagem, o secretário informa que a Secretaria está distribuindo uma cartilha de orientação à população, contendo dados que inclui a forma correta da separação dos materiais, o que pode ser separado, o que é lixo reciclável e não reciclável, a higienização dos materiais e o roteiro com os dias e os bairros onde o caminhão da coleta seletiva estará passando nos seis dias da semana.
Oliveira conclui informando que em Dracena são produzidos em média, 1,5 mil toneladas de resíduos sólidos por mês, aproximadamente 18 mil toneladas ao ano.