A Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente de Dracena alerta a população para os cuidados essenciais no momento de separar o lixo reciclável do material orgânico.
De acordo com o secretário municipal da Agricultura e Meio Ambiente, Antenor José de Oliveira Filho, os catadores da Cooperativa de Reciclagem, em Dracena, vêm enfrentando diversos problemas nos últimos meses em relação à separação dos materiais.
“Os catadores estão tendo grande prejuízo por falta de conscientização da população no momento de separar melhor os materiais. Por semana, cerca de 10 toneladas de lixo inservíveis são misturadas com o material reciclável, que posteriormente tem que ser depositados no aterro sanitário. Trata-se de um trabalho redobrado que todos os catadores enfrentam diariamente”, desabava o secretário.
Antenor salienta que os catadores cooperados já chegaram a tirar R$ 1.100 por mês, no entanto, esse valor vem diminuindo drasticamente cada vez mais. Para se ter uma ideia, no último mês, os 25 trabalhadores tiraram menos que um salário mínimo, cada um recebeu R$ 587.
A presidente da Cooperativa de Reciclagem, Andréia Cristina Cardoso, explica que devido a isso, duas pessoas deixaram à cooperativa. “Realmente estamos preocupados com a situação que estamos vivenciando todos os dias. A maioria desses catadores são chefes de família e necessitam desse dinheiro para viver”.
Assim que os caminhões chegam à cooperativa é feito o trabalho de pré-separação, para após ir para a esteira onde é separado por qualidade como o plástico, papel, metal e vidro. Feito isso, o material é vendido para uma empresa de Presidente Prudente e terceiros. O produto mais rentável são as garrafas pets, onde é negociado por R$ 1,05, o quilo deste material.
A Prefeitura realiza a coleta seletiva do lixo reciclável de segunda a sábado, em todos os setores da cidade e nos distritos de Jamaica e Jaciporã. Em outubro, a cooperativa completa seis anos de trabalhos em Dracena.
“Orientamos a população a ir à Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente (recinto da Fapidra) para retirar o saco plástico verde, que é o padronizado para a coleta seletiva e receber as instruções necessárias. Muita gente utiliza esse saco verde para depositarem restos de comida, papel higiênico e folhas, atrapalhando o trabalho dos catadores”, enfatiza.
A coleta seletiva não mistura os resíduos orgânicos com inorgânicos, essas são as principais orientações do secretário para preservar o meio ambiente e destinar corretamente o lixo doméstico, do comércio e da indústria.
São medidas práticas que vão ajudar na vida útil do aterro sanitário. A área do aterro municipal possui cinco mil metros quadrados, com capacidade de depósito de 25 mil metros cúbicos de resíduos.
Em Dracena são produzidos em média, 1,5 mil toneladas de resíduos sólidos por mês, aproximadamente 18 mil toneladas ao ano.
Conforme o secretário, nos países mais desenvolvidos, um aterro desse porte tem vida útil de 20 anos, ao contrário do que pode ocorrer em Dracena, que em dois anos, estará comprometido com falta de espaço para o descarte do lixo, pela falta de gerenciamento correto e reciclagem dos resíduos.
RECICLÁVEL – Os moradores podem separar diversos materiais que sirvam como recicláveis divididos em quatro categorias. Para os plásticos são recicláveis: copos e garrafas plásticas, sacos, sacolas, frascos de produtos, tampas, potes, canos e tubos de PVC, embalagens PET (refrigerante, suco, óleo, vinagre, entre outras).
Produtos de metal: tampinhas de garrafas, latas, panelas sem cabo, ferragens, arames, chapas, canos, pregos e cobre.
Materiais de vidro: potes de conservas, embalagens, frascos de remédios, copos e cacos. É importante ressaltar que esses tipos de materiais devem ser embalados em jornais para evitar acidentes.
Já os papéis são considerados recicláveis: jornais, revistas, listas telefônicas, papel sulfite/rascunho, papel de fax, folhas de caderno, formulários de computador, caixas em geral (ondulado), aparas de papel, fotocópias, envelopes e cartazes velhos.
NÃO É RECICLÁVEL – Tomadas, cabos de panelas, adesivos, espuma, acrílico, embalagens metalizadas (biscoitos e salgadinhos), clipes, grampos, esponja de aço, aerossóis, latas de tinta, latas de verniz (solventes químicos e inseticidas), portas de vidro, espelhos, box temperados, louças, cerâmicas, óculos, pirex, porcelanas, vidros especiais (tampa de forno e microondas), tubo de televisores, para brisas, etiquetas adesivas, papel carbono, papel celofane, fita crepe, papéis sanitários, papéis metalizados, papéis parafinados, papeis plastificados, guardanapos, bitucas de cigarros, fotografias, fralda descartável e absorvente.