A enfermeira Karina Akiyama, da Vigilância Epidemiológica na cidade informou na manhã desta terça-feira, 17, a reportagem do JR e do Portal Regional que em Dracena no momento não falta o soro antiescorpiônico, assim como o antiofídico (cobras venenosas), porém vem ocorrendo em todo o Estado um desabastecimento do soro que combate a picada do escorpião.

Karina pontou que na cidade o produto é de responsabilidade da Vigilância Epidemiológica, porém fica armazenado na farmácia da Santa Casa, onde geralmente ocorre o socorro à vítima. “A orientação do GVE é para que quando ocorra a falta do soro transfira o paciente para a unidade que ofereça ou solicite aquelas que o tenham”, disse a enfermeira.

O GVE citado por Karina é a sigla do Grupo de Vigilância Epidemiológica, na região localizado em Presidente Venceslau.

CASOS EM DRACENA – Em matéria publicada no final do mês passado com destaque pelo JR e o Portal Regional, este ano a Vigilância Epidemiológica (VE) registrou mais de 100 aparecimentos de escorpiões, sendo que de janeiro a março, 27 pessoas foram picadas.

O escorpião além de procriar em ambientes úmidos e sujos, também vive no esgoto. A VE de Dracena orienta o munícipe a manter os ralos internos e externos fechados e também, para não deixar telhas, tijolos e madeiras espalhadas e sempre colocando acima do chão.

É comum notar por todos os pontos da cidade, lotes abandonados e calçadas repletas de folhas, entre outras sujeiras. Muitos cidadãos estão reclamando que a Prefeitura não recolhe mais as folhas.

A VE orienta que pode ligar ou ir até a Vigilância quando encontrar escorpiões, e a partir disso, é gerada uma notificação e os agentes de controle de vetores vão até a residência e fazem as orientações, não só no notificante, mas também no entorno (casas vizinhas da frente, fundos e laterais).

 

CRIANÇA DE 6 ANOS MORRE APÓS SER PICADO POR ESCORPIÃO

Um menino de 6 anos morreu em Barra Bonita, região de Bauru, após ser picado por um escorpião. Brian Gabriel Alves morreu no sábado (14), cerca de três horas depois do incidente enquanto brincava no quintal de casa. Ele foi enterrado no domingo (15).

Segundo a família, o atendimento no hospital teria demorado demais e o local também não tinha o soro para combater o veneno do escorpião.

Sobre a falta do soro, o administrador disse que desde 2013 a Diretoria Regional de Saúde (DRS) definiu que os hospitais da região considerados referência para ter esse soro são os de Jaú e de Dois Córregos.

Já a DRS informou que a definição dos hospitais que recebem o soro é feita pelo Ministério da Saúde. O órgão, por sua vez, disse, em nota, que os soros antiveneno continuam sendo distribuídos conforme análise realizada pela Coordenação-Geral de Doenças Transmissíveis (CGDT).

Para essa distribuição, é considerada a situação epidemiológica dos acidentes por animais peçonhentos em cada Unidade Federada, as ampolas utilizadas, bem como os estoques nacional e estaduais de imunobiológicos disponíveis, além do cronograma de entregas a serem realizadas pelos laboratórios produtores.

A nota informa ainda que, neste ano, foram enviadas 9,7 mil doses de soro antiescorpiônico para todo o país, sendo 800 para o estado de São Paulo. O Ministério da Saúde envia doses de vacinas e soros aos estados, que são responsáveis por fazer a distribuição aos municípios, de acordo com as necessidades locais.

Na nota enviada pelo Ministério da Saúde, o órgão explica ainda que alguns laboratórios que produzem soros ofertados pelo SUS estão passando por readequações para reforçar a qualidade dos produtos e atender às novas exigências da Anvisa de Certificação de Boas Práticas da Produção exigidas.

Destaca ainda que a pasta encaminha, rotineiramente, informes às secretarias estaduais de saúde sobre as medidas para garantir a oferta dos produtos, otimizar o uso e reduzir possíveis desperdícios.

Em nota, Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) reforçou que a definição de alguns locais estratégicos para disponibilização de soro contra animais peçonhentos segue política definida pelo Ministério de Saúde e que o estado apenas redistribui para os municípios.

Disse ainda que o envio de ampolas para São Paulo ocorreu com irregularidade e em quantidades insuficientes para a demanda mensal nos últimos meses.

De acordo com o CVE, a necessidade do estado é de 650 ampolas por mês, em média, mas o Ministério tem feito entrega parcial de cerca de 250 ampolas mensais, obrigando o Centro de Vigilância Epidemiológica a equacionar a distribuição do quantitativo nas doses regionais para abastecer devidamente o território paulista. No entanto, ressaltou que não há falta do soro na região de Bauru. (Com informações do G1 de Bauru/Marília)