O Brasil não estava entre os cotados, mas a fase da Maratona Aquática no país provou ser boa e a equipe de revezamento, formada por Poliana Okimoto, Allan do Carmo e Samuel de Bona levou a medalha de bronze na prova de 5 km por equipe, com o tempo de 54min03s5. O ouro ficou com a Alemanha (52min54s9), enquanto a prata ficou com a Grécia, com 54min03s3 – ou seja, o Brasil perdeu a medalha de prata por apenas dois décimos.
Dessa maneira, Poliana alcançou sua terceira medalha nessa edição do Mundial de Esportes Aquáticos, e a 3ª de cor diferente: já havia sido ouro na prova de 10 km e a prata nos 5 km. Ana Marcela Cunha conseguiu as outras medalhas do Brasil no Mundial até agora: prata nos 10 km e bronze nos 5 km.
As medalhas também já fazem com que o Brasil supere os Mundiais de 2009 e 2011. O país já soma cinco medalhas, contra quatro em 2011 e três em 2009.
“É histórico pra mim e para o Brasil. Estou muito feliz em fazer história para nosso esporte, para nosso país. Tivemos muito trabalho para chegar aqui”, falou Poliana. “Os garotos vão muito rápido. Eu estava cansada por já ter participado de duas provas”, completou.
O revezamento na Maratona Aquática é uma prova nova: estreou em Mundiais em 2011, em Xangai, quando os EUA levaram o ouro. O Brasil foi a oitava equipe a cair nas águas de Barcelona – as equipes, diferentemente das provas de revezamento em piscina, largam uma de cada vez, com todos os atletas juntos.
Na água, Poliana mostrou que é a principal atleta da modalidade no país e soube se manter no ritmo dos homens. A força da três vezes medalhista empolgou Samuel e Allan, que conseguiram manter o ritmo e surpreender ao mundo. A medalha veio com emoção: como o Brasil foi uma das primeiras equipes a chegar, teve que esperar mais de 15 equipes terminarem seu revezamento para confirmar a medalha.
“Fizemos uma estratégia para tirarmos o máximo da Poliana. Foi isso que fizemos o tempo todo, para colocar ela no ‘barco’. E fizemos muito bem feito. O grupo está de parabéns”, declarou Allan.
Quando a Hungria, país mais forte entre os competidores que largaram depois do Brasil, estourou o tempo já conquistado pelos brasileiros, Allan, Poliana e Samuel correram para a torcida e seus técnicos para comemorar. Depois, foi só esperar a Tunísia, última a largar, terminar o revezamento para confirmar o resultado.
A Austrália e a Itália, mais cotadas que o Brasil na briga por medalhas, ficaram com a quarta e a quinta colocação, respectivamente.
“Fizemos um trabalho muito bom. Tivemos muita confiança e soubemos apertar no final para conseguirmos o resultado. Estamos muito satisfeitos”, disse Samuel, após a prova, ao canal Bandsports.
“O trabalho é focado em 2016. Foi o primeiro ano de trabalho e queremos manter esse ritmo nos próximos anos”, disse Igor Souza, técnico da equipe, também aoBandsports.
SWIM CHANNEL: POLIANA SE TORNA MAIOR MEDALHISTA DO BRASIL
Poliana Okimoto fez história novamente em Barcelona. Com a medalha de bronze conquistada agora há pouco na prova de equipes nas maratonas aquáticas, ao lado de Allan do Carmo e Samuel de Bona, conseguiu sua terceira medalha neste Mundial (já havia sido ouro nos 10 km e prata nos 5 km). Em Mundiais de Esportes Aquáticos, nunca nenhum brasileiro havia saído com três pódios.