Hoje é 6 de outubro, Dia do Prefeito. Em razão da crise econômica que aflige a grande maioria dos municípios, é bastante provável que a data passe despercebida ou simplesmente ignorada. Ao longo da história republicana, a figura do burgomestre ou do alcaide – como alguns insistem em nomeá-los – tem sido alvo de muitas polêmicas. Entre o eleito para o cargo e aqueles que o guindaram àquela posição, estabelecem-se, às vezes, relações antagônicas de amor ou de ódio.
No fio da navalha
Em verdade, nos dias atuais do país, o prefeito tem que aliar capacidade à magia. Com orçamentos magérrimos e dívidas quase impagáveis, buscam descobrir verbas para honrar os compromissos com o funcionalismo e os fornecedores, assim como pagar os inúmeros servidores comissionados que surgiram dos inúmeros compromissos firmados ao longo da campanha eleitoral.
Água no chope
Ontem, véspera do Dia do Prefeito, o Ministério Público e a PM apreenderam pelo menos R$ 1,5 milhão – entre cédulas da moeda nacional, dólares e euros – na casa do chefe do executivo de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira (PMDB). A operação que foi feita na cidade administrada pelo peemedebista e também no município de Bragança Paulista, investiga um esquema de fraude em desapropriação de imóveis pelos responsáveis por aquelas municipalidades.
Férias forçadas
Em Osvaldo Cruz, os alunos da escola municipal ‘Moacyr Lordello’ ganharam uma folga inesperada, ontem. As aulas foram suspensas para que uma equipe iniciasse a recuperação do prédio, bastante castigado pelo temporal de sexta-feira passada. As dependências da prefeitura e da biblioteca pública ‘Belmiro Borini’ também exibem marcas do vendaval. O prefeito Edmar Mazucato descartou decretar estado de emergência.
Efeito cascata
Professores, alunos e pais continuam promovendo manifestações contra a proposta de reorganização das escolas estaduais, apresentada pela secretaria da Educação do governo Alckmin. Ontem, foi a vez de Presidente Prudente se posicionar diante do prédio da Diretoria Regional de Ensino. A medida proposta pela gestão tucana está sendo apontada como uma forma de ‘enxugar custos’. De acordo com um dos participantes do protesto, “A ideia dessa reorganização é antiga. O objetivo é um equilíbrio econômico e não melhoria na educação”.
Lado fraco da corda
Assustado com o aumento do desemprego e da inflação, especialmente dos preços administrados como combustíveis e energia elétrica, o brasileiro deve gastar menos e pagar mais à vista, no Dia das Crianças deste ano. E mais um dado desanimador para indústria e comércio: normalmente, o desempenho de vendas de referida data fornece pistas de como vai ser o Natal.
O dia seguinte
Através das redes sociais, os arquirrivais dos palestrinos não perdoaram. Charges, memes, mensagens e outras fórmulas repercutiram a goleada imposta pela Chapecoense, domingo à noite. Um corintiano lembrou que, pelo menos uma vez por ano, a tragédia se repete. E registrou: 6 a 0 para o Coritiba (2011); 6 a 2 para o Mirassol (2013) e 6 a 0 para o Goiás (2014).