No Brasil, 2014 é ano de eleição para presidente, senador, governador, deputados federais e estaduais. É hora de não eleger os políticos profissionais e buscar pessoas que tenham a política como vocação: aqueles que têm amor e respeito pelo próximo e que se engajam na política para ajudar na superação dos muitos problemas sociais a partir de suas causas.
Política com P maiúsculo é o que devemos desejar. Todos nós, consciente ou inconscientemente, voluntária ou involuntariamente, fazemos política.
Política é como respiração. Não dá para conviver sem respirar, como não dá para conviver sem fazer política. Optamos o tempo todo, escolhendo ou rejeitando coisas.
Estamos no meio de uma crise global e plural: política, econômica, ecológica, ética, das instituições, etc… Urge recriarmos um modelo de convivência social com relações éticas e fraternas.
Falando em ética, optamos por entendê-la como um jeito de conviver que encarna a regra de ouro “não faça aos outros aquilo que não quer que lhe seja feito”.. Ou seja, mais do que um pensar ético, um agir ético é imprescindível para realizarmos o desafio de transfigurar as instituições e pessoas políticas. O ideal seria votarmos mais com a razão e menos com o coração.
Como seria bom que cada político se preocupasse com suas propostas e seu programa de governo e deixasse de apenas criticar e ofender candidatos de outros partidos!
Todo mundo sabe que há o mau emprego do dinheiro público. Neste período de campanha, a quantidade de carros de propaganda de rua e o número de outdoors já revelam o peso que tem o dinheiro no financiamento das campanhas. Isso sem falar no famoso caixa-dois. No bolso dos eleitores o dinheiro continua curto e não é difícil perceber que ainda há candidatos fazendo da política meio de vida, maneira de se arranjar e enriquecer.
Tudo isso é grave porque está em jogo a própria democracia e o direito de todos à cidadania.
Devemos também dedicar nossas energias para tentarmos escolher os melhores políticos, aqueles que aceitam o pedido do povo para exercer seus mandatos e ainda, dedicar nossas energias para colaborar com as instituições que tanto trabalham no auxílio dos pobres, frente a tantas injustiças, ignoradas por muitos políticos.
É hora de pensarmos em mudanças do modelo existente e criarmos uma relação mais forte entre candidatos a cargo eletivo, suas bases ao Parlamento e, para isso, seria necessário caminhar para um modelo parlamentarista, com voto distrital, desde o município, aproximando os eleitos de suas bases e aumentando suas responsabilidades.

*professor de Geografia e vice-diretora do Colégio Objetivo de Dracena.