Pensando na importância deste sábado (15 de agosto), ou seja, o início de mais uma campanha contra a paralisia infantil, passei a imaginar quantas e quantas crianças, hoje adultas, já sofreram na pele e na alma os infortúnios produzidos pela doença. Quantas! Uma delas eu tive a oportunidade de entrevistá-la numa reunião do Rotary Club de Dracena. É muito sério. Dizia ela que foram mais de dez cirurgias, incontáveis viagens, paciência de Jó e determinação na recuperação e no enfretamento das dores. Neste caso específico, fé em Deus e força de vontade foram determinantes para sua recuperação, tanto que lhe possibilitou com o tempo fazer seu curso superior, ter a sua profissão, construir sua família e ser feliz.

Este é apenas um exemplo de muitos pelo mundo. Tanto assim, que despertou e sensibilizou os rotarianos, que nos idos de 1985, o Rotary Internacional decidiu lançar a campanha Pólio Plus, objetivando varrer de vez da face da terra a grave doença. Para tal passou a investir financeiramente no projeto e passou a contar com agências parceiras, como a Organização Mundial da Saúde, Unicef, Centro Norte – Americano para Controle de Prevenção de Doenças e órgãos governamentais. Resultado: o sucesso da campanha é nítido. Para se ter uma ideia sua erradicação está bem próxima. Faltam apenas dois países: Afeganistão e Paquistão e um pouco ainda na Nigéria.
Por aqui, a notícia é excelente! O Brasil foi um dos primeiros países a erradicar a poliomielite com estratégias de vacinação. O último caso brasileiro aconteceu em 1989. Consta também que desde 1994, o país mantém o certificado emitido pela OMS de erradicação da doença. Tudo isso é muito bom. Mas, nada de vacilos. Todos devem ter em mente que a poliomielite é uma doença grave que pode deixar sequelas, dentre elas, a paralisia infantil, e que a vacina é indispensável para o bem das crianças. Afinal, elas merecem ser saudáveis, bonitas e felizes sempre.

*colunista social do Jornal Regional, presidente da comissão imagem pública do Rotary Club de Dracena.